A Vale esclarece que a estrutura de contenção a jusante (ECJ) da
barragem B3/B4, na mina Mar Azul, em Macacos (Nova Lima), foi projetada
para permitir a passagem do fluxo da água a partir de seu vertedouro e
suas comportas. Entretanto, devido ao elevado volume de chuvas –
superior a 520 mm desde o início deste ano e acima da capacidade da
estrutura –, a contenção acabou contribuindo para alagamentos nas vias
próximas à estrutura.
Com a melhora da situação climática e gradual liberação dos acessos nas
áreas afetadas, as equipes técnicas da Vale já se mobilizam para
executar uma avaliação aprofundada e identificar melhorias necessárias
na estrutura. A Vale também está apoiando a prefeitura, a Defesa Civil e
a Copasa com recursos e equipamentos para assistência à população e tem
trabalhado, ainda, na desobstrução dos acessos à comunidade.
A ECJ – Essa estrutura faz parte do programa de descaracterização de
barragens da companhia e segue orientação da ANM de adotar medidas para
mitigar possíveis impactos em um eventual rompimento de barragem. Nesse
cenário, as Estruturas de Contenção a Jusante – ECJ cumprem o papel de
conter os rejeitos.
As ECJs foram concebidas e construídas de forma emergencial e
acompanhadas pelas empresas de auditoria independentes que fazem parte
dos Termos de Compromisso firmados com o Ministério Público de Minas
Gerais. A contenção é descomissionável, ou seja, pode ser desmontada
quando não for mais necessária.
Deslizamento – A empresa esclarece, ainda, que o deslizamento de terra
natural que ocorreu no último domingo na região, sem sinais prévios de
instabilidade, foi provocado pelas intensas chuvas. O material encontrou
as águas da drenagem natural do córrego Taquaras, escoando em direção à
barragem Taquaras, de onde não passou. Esta é uma estrutura de contenção
preparada para tal finalidade ambiental e não tem comportas.
Cenário – Não houve alteração estrutural ou no nível de emergência em
nenhuma das estruturas da empresa na mina Mar Azul. As barragens B6, B7,
Capão da Serra e Taquaras possuem DCE positiva, a barragem 5 encontra-se
em nível 1 de emergência e B3/B4 permanece em nível 3 de emergência.
A Vale reforça que segue acompanhando o cenário de fortes chuvas em
Minas Gerais com foco na segurança de suas barragens. As estruturas são
monitoradas 24h por dia, 7 dias por semana, em tempo real, por meio do
Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG).
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