A Vale deu início, na Mina de Águas Claras (MAC), em Nova Lima, Minas Gerais, às atividades do Centro de Operações Integradas (COI) da empresa. "O objetivo do projeto é sincronizar ainda mais as diversas etapas da operação no Brasil e no exterior e aproximá-la com a área de vendas, ganhando-se assim em eficiência e realização de preços", explica o diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga. "Por exemplo, a cada instante temos que gerenciar o fluxo em torno de 300 navios em diversas posições mundo afora, tarefa esta que será muito facilitada através das ações integradas do COI."
O COI da Vale foi implantado na Mina de Águas Claras, na Grande BH
Os COIs são instalações, geralmente metropolitanas, que combinam as competências de pessoas, processos de operação e tecnologia para oferecer níveis excepcionais de colaboração e excelência. O modelo de atuação do COI da Vale combinará diversas funções da cadeia do minério de ferro, como planejamento, programação e controle. Desta forma, o centro promoverá colaboração, eficiência e alinhamento à estratégia da empresa, permitindo que ela atue de forma ainda mais ágil diante do dinamismo do mercado atual.
Com a estrutura, a Vale terá uma visão mais integrada desde a mina, passando pelas ferrovias, portos e transporte marítimo até o destino final do minério, tornando o processo decisório mais eficaz e focado em otimizar o desempenho dos processos e ativos, assim como os resultados do negócio. "Estamos sempre buscando o ótimo global, o que é melhor para a Vale como um todo, ao invés de maximizar os ótimos locais em determinadas áreas", conta o diretor da Cadeia de Ferrosos da Vale, Vagner Loyola.
A Vale também prevê uma maior aderência entre planejamento e execução; maior estabilidade e previsibilidade da cadeia produtiva; e um potencial de ganhos anuais de mais de US$ 600 milhões, entre realização de preços e aumento da produtividade dos ativos.
Uso da tecnologia digital
Um dos pilares para alcançar os objetivos do COI é o uso intensivo de tecnologia digital para promover a colaboração entre as equipes, tornando a troca de informações fácil e confiável, e para melhorar a eficácia do planejamento da cadeia de valor, que é complexa e envolve profissionais distribuídos em diferentes geografias e fusos horários. Esses princípios nortearam o projeto desde a concepção, resultando em um ambiente que combina modernos painéis de visualização, salas de videoconferência e várias ferramentas de colaboração.
Vagner Loyola, diretor da Cadeia de Ferrosos da Valem, fala sobre o COI da Vale.
Além disso, sistemas foram aprimorados e outros foram desenvolvidos para agilizar e melhorar o processo de planejamento e distribuição da produção. Dois deles se destacam: o Advanced Planning and Scheduling (APS) Ferrosos e o Sistema de Otimização da Alocação de Navios (SOAN).
O sistema APS Ferrosos é um otimizador que recentemente passou por melhorias. Hoje ele reúne os dados de capacidade e custo da cadeia de valor (minas, ferrovias, portos, navios e centros de distribuição) e da dinâmica de preços do mercado, para indicar a melhor combinação possível para o atendimento das demandas dos clientes, com o objetivo de garantir a maior margem para a empresa.
Já o SOAN deve otimizar a alocação da frota de navios a serviço da empresa visando obter o menor custo total de distribuição. O programa leva em conta todas as variáveis que influem no custo, como preço de combustível e demurrage (custo relacionado ao tempo de espera em fila do navio no terminal portuário), e determina para qual carga e rota devem ser alocados os navios que transportam minério da Vale para os clientes. A programação da distribuição e a localização de cada navio em tempo real é compartilhada através dos telões do COI e aplicativos móveis. São visualizados cerca de 400 navios ao mesmo tempo.
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