Carbono neutro.
Atenta a todas as urgências atuais do planeta, a Vale reforça seu pacto com a sociedade. E, em linha com as melhores práticas de sustentabilidade mundial, irá investir pelo menos US$ 2 bilhões para reduzir em 33% as emissões de carbono da empresa até 2030 e em 15% as emissões da sua cadeia de fornecedores até 2035.
É o maior investimento já comprometido pela indústria da mineração para o combate às mudanças climáticas e faz parte do compromisso assumido pela Vale de se tornar carbono neutra até 2050.
Investimento de pelo menos US$ 2 Bilhões nos próximos 10 anos para reduzir emissões
Reduzir 33% as emissões de carbono até 2030
Reduzir 15% as emissões de carbono até 2035
Gases de efeito estufa e o aquecimento global
A intensificação do aquecimento global provoca as alterações do clima e, consequentemente, aumenta a frequência de eventos climáticos extremos. Tais mudanças climáticas estão relacionadas ao aumento de emissões globais de gases de
efeito estufa. Desde a revolução industrial, as emissões de dióxido de carbono (CO2) crescem e, consequentemente, a temperatura média global já aumentou quase 1°C desde o fim do séc. XIX . De acordo com a ONU Meio Ambiente, as
emissões globais de gases do efeito estufa em 2030 precisam ser de 25% a 55% menores do que em 2018 para limitar o aumento de temperatura média da Terra a entre 1,5°C e 2°C, limite considerado seguro por cientistas . Uma das formas
de contribuir com esse objetivo é reduzir e/ou neutralizar as emissões de carbono.
Ser carbono neutra significa calcular o total das emissões, reduzir onde é possível e balancear o restante das emissões através da compensação. A compensação das emissões pode ser feita através da compra de créditos de carbono ou através
da recuperação de florestas em áreas degradadas.
O conceito “carbono neutro” foi fortalecido com a adoção do Acordo de Paris.
Aprovado em 2015 e assinado por 195 países, o Acordo de Paris definiu o objetivo de limitar o aquecimento global em menos de 2ºC e somar esforços para restringir o aquecimento em 1.5°C. O Acordo de Paris é o arcabouço regulatório vigente
entre a realidade atual e o final do século. Os chefes de estado concordaram em reduzir emissões e buscar um balanço neutro entre emissões e remoções na segunda metade do século; o que é definido como neutralidade de emissões de carbono.
Por que a Vale quer ser carbono neutra?
A Vale entende que o amanhã é feito das escolhas de hoje e, por isso, não é possível adiar o nosso compromisso com o futuro. Somos uma das maiores mineradoras do mundo e sabemos da nossa responsabilidade. Nossa estratégia e seu desdobramento em objetivos assumem esse compromisso: por meio do pilar estratégico Novo Pacto com a Sociedade e do objetivo Melhorar a percepção da sociedade do valor gerado pela Vale, estamos reduzindo emissões de CO2 equivalente (escopo 1 e 2) até 2030, e as emissões da cadeia de Valor (escopo 3) até 2035. Adotamos metas de sustentabilidade mais desafiadoras e ambiciosas para promover uma indústria de mineração mais segura e sustentável e impactar positivamente a sociedade.
A meta de redução de emissões é parte da trajetória para a Vale se tornar carbono neutra até 2050. Após o atingimento desta meta, vamos avaliar a possibilidade de reduzir mais as emissões frente o custo de compensação das emissões via compra de créditos de carbono.
Ser carbono neutra faz parte da responsabilidade que todos devemos ter com o planeta e com as próximas gerações. É nossa missão transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável.
Esta agenda é fruto de um processo de escuta, alinhado com a demanda da sociedade relacionada a uma redução robusta nos escopos 1 e 2. Estamos dando mais um passo na construção de um novo pacto com a sociedade, com transparência e responsabilidade
- Eduardo Bartolomeo, diretor-presidente
Para atingir o objetivo de escopo 3, de modo a incentivar clientes e fornecedores na mesma direção e alinhado com seu compromisso de ser carbono neutro, a Vale irá contar com um portfólio de produtos de alta qualidade e tecnologias inovadoras para fornecer soluções que levem à redução dessas emissões.
Em uma estimativa preliminar, a Vale poderá contribuir com até 25% do total estimado para o atingimento da meta de escopo 3 por meio de porfólio próprio, o que a diferencia de suas concorrentes globais
- Eduardo Bartolomeo, diretor-presidente
Em 2015, líderes de todo o mundo assinaram o Acordo de Paris. Esse tratado definiu medidas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e limitar o aumento da temperatura média da Terra a menos de 2°C até 2100, em comparação com
a época anterior a era industrial. De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), desde a Revolução industrial a temperatura média do planeta já subiu 0,87 °C. Também em 2015, representantes dos
Estados-membros da ONU comprometeram-se a tomar medidas para promover o desenvolvimento sustentável, incluindo combater a mudança do clima e seus impactos. Atenta a todas as urgências atuais do planeta, a Vale segue alinhada com
o Acordo de Paris e com a Agenda 2030 da ONU.
Para se tornar carbono neutro, os seguintes passos são necessários: (i) medir as emissões; (ii) reduzir emissões; (iii) compensar emissões residuais; (iv) verificar e validar dados dando transparência.
Mapeamento de emissões
O primeiro passo para combater os impactos da mudança do clima é mapear as emissões de gases de efeito estufa (GEE) diretas e indiretas. As emissões diretas da Vale são provenientes das operações próprias (Escopo 1) e as indiretas, de origem externa usadas no processo produtivo, como o consumo de energia elétrica nas operações (Escopo 2). Em 2019, as emissões diretas - que incluem emissões devido a: utilização de combustíveis fósseis; auto produção de eletricidade; e reações químicas e físicas em processos industriais - de Escopo 1 e Escopo 2 (emissões advindas da compra de eletricidade) somaram cerca de 12,6 milhões de toneladas de CO2. O nosso objetivo é reduzir e limitar a 9,5 MtCO2e em 2030, em linha com a ambição do Acordo de Paris. Há ainda as emissões dos nossos fornecedores (Escopo 3), que totalizaram, em 2018, 586 milhões de toneladas de CO2 equivalente (MTCO2eq). A companhia pretende atingir 496 MTCO2eq em 2035. Hoje, 98% das emissões de CO2 da Vale são provenientes de escopo 3.
Nossa meta é reduzir em 33% a emissão de carbono até 2030, com base nas emissões do ano de 2017, reduzir em 15% as emissões dos nossos fornecedores até 2035, com base nas emissões de 2018, e nos tornarmos carbono neutra até 2050 em nossas operações.
Vamos reduzir as nossas emissões e compensar as emissões de carbono que não podem ser evitadas para construir um mundo mais sustentável para as gerações futuras.
Entenda melhor cada escopo
Escopo 1
São as emissões provenientes das operações devido ao consumo de diesel, gás natural, carvão, gasolina por exemplo. São as emissões que nós, Vale, temos o controle e a gestão.
Escopo 2
São emissões indiretas advindas do consumo de energia elétrica ou vapor. Não gerenciamos como que a eletricidade é gerada e as emissões desta fase, mas podemos ser mais eficientes e reduzir indiretamente as emissões.
Escopo 3
São as emissões da cadeia de Valor, ou seja, as emissões dos nossos fornecedores, do transporte terceirizado e dos nossos clientes. As emissões da indústria siderúrgica, por exemplo, contabilizam no nosso escopo 3.
Iniciativas e próximos passos
Para atingir nossas metas socioambientais e ajudar a combater as mudanças climáticas provocadas pelas emissões de poluentes que impactam o futuro do planeta, estamos desenvolvendo diversas ações. Conheça algumas das nossas principais
iniciativas:
- Recuperar e proteger 500 mil hectares de floresta nativa até 2030
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Atualmente, são mais de 1 milhão de hectares protegidos pela Vale em todo o mundo
- Substituição de diesel por eletricidade em atividades de mineração e transporte, incluindo caminhões e trens.
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A Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM) irá receber a primeira locomotiva de manobra 100% elétrica.
- Autossuficiência global em energia elétrica por meio de fontes renováveis
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Até 2025 a Vale se comprometeu a atingir a autossuficiência em energia elétrica no Brasil e até 2030 todas as suas operações no mundo terão 100% da energia utilizada proveniente de fontes renováveis.
- Projeto Eólico Folha Larga, em Campo Formoso, na Bahia, com potência instalada de 151,2 megawatts. Vai gerar aumento de 200% (de 3% para 9%) da participação de energia eólica na matriz elétrica da Vale no Brasil,
em comparação com 2019.
- Programa de Eficiência Energética
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- A Vale criou o Programa de Eficiência Energética que está inserido na política de mudanças climáticas, com o objetivo de promover a implementação de práticas e rotinas de gestão de energia e eficiência energética, de forma a criar um ambiente que incentive adoção de comportamentos e soluções eficientes, e que estimule a busca por tecnologias diferenciadas.
- Caminhões Autônomos
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Imensos caminhões fora-de-estrada, com capacidade para 240 toneladas, circulam nas vias de uma grande área de mineração sem um operador na cabine. Controlados apenas por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência
artificial, os veículos se movimentam de forma eficiente entre a frente de lavra e a área de descarga. Os caminhões autônomos são uma realidade na mina de Brucutu, em Minas Gerais. A operação autônoma do transporte
de minério possui uma produtividade superior, gera menos desgaste de peças aumentando a vida útil de equipamentos da ordem de 15%. A iniciativa é de grande importância para a redução de emissões pela empresa visto
que há uma economia de combustível reduzindo a emissão de CO2 e particulado.
- Programa Powershift
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A Vale criou um programa interno chamado PowerShift para dar suporte às metas de sustentabilidade, com foco na transição para uma economia de baixo carbono. O programa tem o objetivo de tornar a matriz energética da
empresa limpa, focando em utilização de energia renovável, utilização de combustíveis alternativos, maior eficiência das operações utilizando novas tecnologias e fomento florestal. As inciativas vinculadas ao PowerShift contribuem
com aproximadamente 40% da redução planejada para a meta de 2030.
- Sentinela – Inteligência Artificial
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O centro de Inteligência Artificial da Vale (AI Center), localizado em Vitória, desenvolveu em parceria com o pesquisador Ali Soofastei, da Universidade de Queensland na Austrália, uma nova ferramenta que utiliza a
inteligência artificial para melhor operação de caminhões fora-de-estrada. A ferramenta disponibiliza no painel do operador do veículo a melhor opção de velocidade visando o menor consumo de combustível. A solução
tecnológica foi testada em 50 caminhões em Itabira, Minas Gerais, trazendo como resultado uma redução de 585 mil litros no consumo de diesel gerando uma economia de R$ 1,8 milhão. Em termos de redução de impacto
ambiental, a diminuição do consumo de diesel evitou a emissão de 1.500 toneladas de CO2, o equivalente ao plantio de 3 mil árvores da Mata Atlântica.
Portal ESG - Eliminando lacunas Ambientais, Sociais e de Governança
Uma das novas metas socioambientais da Vale, estabelecida em 2019, é a de eliminar as principais lacunas identificadas referentes às melhores práticas nas áreas de Meio Ambiente, Social e Governança (ESG, na sigla em inglês). Com base nessa avaliação, mapeamos um plano de ação ESG para abordar essas lacunas e dentre as ações mapeadas, destacam-se ações com um maior foco em nossas resoluções sobre mudanças climáticas, em linha com nosso compromisso de ser carbono neutro; uma maior diversidade no conselho de administração; o aumento das mulheres na nossa força de trabalho; e outras iniciativas em linha com as metas para 2030.
Temos o compromisso de integrar totalmente a sustentabilidade em nossos negócios, priorizando o gerenciamento de riscos e impactos e estabelecendo um legado social, econômico e ambiental forte e positivo nos locais em que operamos. Em 2019, lançamos nosso Portal ESG, proporcionando maior transparência em nossas iniciativas e para saber um pouco sobre elas e sobre o nosso plano de ação, acesse e conheça o portal ESG.
Revista Walk
Acesse a última versão da publicação da Vale que visa promover uma discussão engajada sobre o desenvolvimento sustentável.
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