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No menu lateral, você pode filtrar pelas categorias Pioneirismo, Sustentabilidade, Tecnologia e Inovação, Curiosidades e Pessoas.
Conheça ainda a evolução da marca Vale e descubra como nosso acervo nasceu e é mantido até hoje.
Compra da mineradora canadense Inco
Em 2006, a Vale compra a mineradora canadense Inco. Este momento foi decisivo para a diversificação de seu portfólio de produtos e também é considerado o maior avanço rumo a internacionalização de suas operações. Na imagem é possível
ver os itens do nosso acervo referente a essa compra, com indicações dos valores da transação.
Jornal da Vale
Durante 35 anos, o Jornal da Vale é o principal veículo impresso da empresa. A publicação, que teve sua primeira edição lançada em 1974 e circulou até o início de 2009, trazia os principais acontecimentos da mineradora, entrevistas
e fatos de destaque.
Captação de recursos para Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas
Em 13 de maio de 1904, a Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas opera pela primeira vez e, hoje, é uma das poucas ferrovias brasileiras a manter o transporte contínuo de passageiros – o que configura uma grande importância
turística na região.
A imagem mostra um documento original em francês, inglês e português, datado de 15 de março de 1906, que se refere a captação de recursos externos para a Companhia.
Transporte de minério pela ferrovia é autorizado
Em 1909, a companhia solicita a alteração do traçado original da ferrovia. O pedido é atendido e a empresa ganha também o monopólio das operações na região, com a condição de lá construir uma usina siderúrgica.
Fundação da Companhia Itabira de Mineração
Documento original da Ata da Assembleia de Constituição da Companhia Itabira de Mineração realizada em 8 de janeiro de 1942.
Documento original de 12 de março de 1942 em que a Companhia Itabira de Mineração solicita ao Ministro da Agricultura autorização para funcionar como mineradora.
Ato de Israel Pinheiro marca o início da Vale
Durante o primeiro ano da Vale, Israel Pinheiro, engenheiro que depois se tornou presidente da empresa, foi nomeado superintendente. Em seu primeiro ato, Pinheiro pediu uma tesoura emprestada, cortou a manga da camisa e disse:
“Agora, mãos à obra”. Esse ato marca o início da história da Companhia Vale do Rio Doce, que, recém-nascida, já carregava a trajetória da mineração no Brasil.
O primeiro engenheiro
No livro Histórias da Vale ele relata que seu sogro era amigo do então presidente da empresa, Israel Pinheiro. Ao saber da sua criação, pediu uma “colher de chá” para não prestar serviço militar.
Um marco para o avanço das exportações
A construção do Porto de Tubarão é um marco para expandir as exportações da Vale e motivar um salto na navegação mundial. O empreendimento era tão monumental que Ronny Lyrio, ex-diretor da Itabira Internacional questionou o ex-presidente
da Vale, Eliezer Batista: “Mas, Eliezer, não tem navio de cem mil toneladas, este aqui está em construção e só vai ficar pronto daqui a dois anos, e nós vamos fazer um porto para cem mil toneladas?”
Carajás: a descoberta
A equipe era formada também pelos geólogos e pioneiros Erasto de Almeida e João Ritter. A ideia era procurar manganês, mas o que foi encontrado ali mudou a história da Vale – a região era coberta por minério de ferro. “Já sabíamos
que tinha ferro ali, mas estávamos procurando manganês e nessa transação aparece Carajás. Não existe nada igual no mundo em termos de reservas e de qualidade de minério de ferro, afirmou Newton Rezende, ex-presidente da Valesul,
em entrevista para o livro Histórias da Vale.
O autógrafo de Drummond
Em forma de agradecimento, o poeta enviou uma mensagem à Vale. Mais do que o elogio, o veículo ganha um autógrafo de Carlos Drummond de Andrade, cujo a carta foi publicada na edição seguinte.
Parque Zoobotânico Vale é criado
Nas instalações, aproximadamente 360 animais são cuidados. O PZV fica localizado dentro da Floresta Nacional de Carajás, no Pará, em uma Unidade de Conservação Federal.
Uma visita da realeza
O objetivo da visita foi mostrar de perto a operação de minério de ferro de Carajás. Além disso, o casal da realeza britânica plantou uma muda de castanheira no Parque Zoobotânico. Em dezembro de 2019, foi observada a primeira
frutificação da árvore de Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa Bonpl.), plantada por eles durante a visita.
Início de uma parceria com a China
O depoimento do advogado Rony Lyrio, diretor da Itabira International Company na época, apresenta um fato curioso sobre o primeiro embarque de minério para a China, em 1973: Lyrio tentava falar com John Rothschild, negociador americano
que intermediou a venda para a China, mas ele não atendia o telefone. Até que às 18h01 daquele sábado, Rothschild ligou para dizer que a operação havia dado certo. A demora explicava-se pelo Shabat, o dia sagrado dos judeus:
entre 18h de sexta-feira e 18h de sábado, Rothschild se recolhia para se dedicar às orações como manda a tradição judaica. “Podemos dizer que a primeira entrada da Vale na China foi feita de Nova York, via um trader que não
atendia aos sábados”, resumiu Lyrio.
Prêmio Brasileiro Imortal
Escolhidos por votação popular na internet, os vencedores tiveram seus nomes perpetuados na nomenclatura científica de espécies botânicas inéditas descobertas na Reserva Natural Vale, no Espírito Santo.
Valemax: Gigante dos mares
Além de serem os navios mais eficientes do mundo, transportam uma carga muito maior do que os demais modelos do mercado – até 400mil toneladas. A partir de 2018, a frota de navios da empresa passou a contar com navios mineraleiros
VLOC de segunda geração, Guaibamaxes e Valemaxes. A nova geração emite 41% a menos de gases de efeito estufa em relação a navios padrão para transporte de minério, com capacidade de carregamento de 180 mil toneladas. Nosso
livro especial conta sobre a linha do tempo e processo de construção da embarcação.
Uma nova onda para a mineração
A Vale desenvolveu tecnologias que permitiram o aproveitamento de minérios mais pobres - o itabirito compacto com teor de ferro de até 40%. Em resumo, o que era rejeito vira produto. Assim, a Vale aumentou a vida útil de algumas
minas, expandiu sua capacidade produtiva e entrou na “terceira onda” da mineração.
Mina autônoma
Controlados apenas por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência artificial, os caminhões autônomos se movimentam de forma eficiente entre a frente de lavra e a área de descarga. O que soa como um filme futurista vira
realidade na mina Brucutu, em Minas Gerais.
Meta: Empresa Carbono Neutra
Este foi o maior investimento já comprometido pela indústria da mineração para o combate às mudanças climáticas e faz parte do compromisso assumido pela Vale de se tornar carbono neutra até 2050.
Locomotiva 100% elétrica
A locomotiva deverá operar no pátio da Estrada de Ferro Vitória a Minas, na Unidade de Tubarão, em Vitória.
Este é um passo fundamental que está alinhado a nossas metas de seguirmos em direção a um futuro mais sustentável e livre de emissões de carbono.
Nossas ações na pandemia
Nesse sentido, realizamos doação de kits de teste rápido e EPIs, auxiliamos na construção e reforma de hospitais de campanha, compramos equipamentos hospitalares e ajudamos nossos fornecedores a manterem a saúde financeira, entre
outras ações.
ITV: ciência em busca de respostas
O Instituto Tecnológico Vale também tem ampla atuação em pesquisas na Amazônia, que vão desde as mudanças climáticas até as relações com a biodiversidade.
"Carajás era um sonho de olhos abertos"
“Carajás era um sonho de olhos abertos”, afirma Eliezer Batista em seu livro Conversas com Eliezer. E para colocar em operação um empreendimento determinante para a transformação da Vale em uma das maiores empresas de mineração
do mundo foi necessário muito trabalho.
Para escoar o minério de ferro de alta qualidade das minas de Carajás construímos toda a logística. Em 1985 é inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, ferrovia responsável por levar o minério até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira,
no Maranhão, que também é construído e entra em operação em 1986.
Às 15h do dia 6 de janeiro de 1986, uma segunda-feira, perdia-se de vista na Baía de São Marcos o navio Docepolo que zarpou levando toneladas de minério de ferro rumo ao Japão. O circuito mina-ferrovia-porto do então “Projeto Ferro
Carajás” estava oficialmente completo.
Compromisso com a sustentabilidade
Para reforçar o nosso compromisso com a sustentabilidade, em 2019, assumimos metas ambiciosas.
Em linha com as melhores práticas de sustentabilidade, reforçamos nosso pacto com a sociedade: em 2020, anunciamos investimentos de pelo menos US$ 2 bilhões para reduzir em 33% as emissões de carbono da empresa até 2030.
Espaço Memória
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Pico do Cauê - Primeiros anos de extração do minério de ferro. Foto: Erich Hess
Uma história que acontece todos os dias
A história de uma empresa é o retrato da sua vivência, da sua experiência, dos seus aprendizados, “causos” contados pelas pessoas, das memórias individuais, dos sonhos de quem fez e faz parte de sua trajetória.
No caso da Vale, suas memórias estão diretamente ligadas ao desenvolvimento da mineração no Brasil, ao seu voo rumo ao mercado internacional e à busca de um futuro cada vez mais próspero, tecnológico e sustentável. O Espaço Memória é uma iniciativa que tem o objetivo de reunir, organizar, conservar e disseminar a nossa história, presente tanto em documentos como na memória das pessoas.
Neste espaço virtual, você vai conhecer itens que fazem parte do nosso acervo e que marcaram o caminho da Vale. Com a preservação do nosso patrimônio cultural, pretendemos promover o diálogo com a sociedade e transformar a empresa em uma
fonte de conhecimento e aprendizado.
O ponto de partida
Um panorama do centro de Itabira (MG), em 1899. Foto: Agência Vale
1904
1ª Locomotiva EFVM. Reprodução: Marcele Oliveira.
Primeiras locomotivas da EFVM
A trajetória da Vale começa antes do seu nascimento oficial. Podemos dizer que a ferrovia é um ponto de partida.
A história das locomotivas no Brasil começa em meados do século XIX, mais precisamente em 1852. A fotografia em tons de sépia registra um maquinista ao lado de uma das primeiras locomotivas da Estrada de Ferro Vitória a Minas,
fabricada no ano de 1904.
Captação de recursos para a Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas
Saiba mais
Reprodução: Marcele Oliveira
Estrada de Ferro Vitória a Minas durante os anos de 1920. Foto: Arquivo Nacional
Transporte de minério pela ferrovia é autorizado
Em 1908 era noticiada a extensão das jazidas de ferro da Itabira: dois engenheiros ingleses consultam a Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas (CEFVM) para saber sobre a possibilidade de transportar minério por ela. Com
parecer favorável, eles organizam a Brazilian Hematite Syndicate.
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Homem trabalhando em fundição de ferro na década de 1940. Foto: Peter Lange / CPDOC / FGV.
Nasce a Itabira Iron Ore
Em substituição à Brazilian Hematite, em 1911 é organizada a Itabira Iron Ore Company, que recebe do governo brasileiro autorização para funcionar.
A Itabira Iron Ore tinha sede em Londres e mantinha um representante no Brasil. Seu objetivo era adquirir, explorar, desenvolver, trabalhar e aproveitar propriedades, (jazidas,) de minério em Itabira.
Nacionalização das reservas
Vista panorâmica da cidade de Itabira (MG), na década de 1950. Foto: Jean Manzon.
No Governo Vargas, o presidente enfatizava a necessidade de nacionalizar as reservas minerais. Após muitos pareceres, em 1939 o contrato da Itabira Iron Ore é declarado caduco, perde as concessões federais e estaduais de que
era detentora, mas de acordo com o Código de Minas continua proprietária das terras e das minas de ferro de Itabira.
Instalações da mina da região do Pico do Cauê, em Itabira (MG). Foto: Fundação Biblioteca Nacional
Fundação da Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia
Em agosto de 1939, Percival Farquhar, empresário norte-americano, dono da Itabira Iron Ore, e outros seis brasileiros, fundam a Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia. A empresa obtém autorização de funcionamento,
além da permissão para incorporar a Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas.
Primeiro embarque de minério de ferro no Porto de Vitória (ES), no navio grego Modesta, em junho de 1940. Foto: Mazzei
Fundação da Companhia Itabira de Mineração
Um grupo de empresários sócios de Percival Farquhar funda em 1941 a Companhia Itabira de Mineração, com o objetivo de explorar as minas da Itabira Iron Ore.
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Acordos de Washington
Minério de ferro sendo descarregado dos caminhões no Porto de Vitória, no início da década de 1940. Foto: Erich Hess
Em 1942, os Acordos de Washington obrigam o governo britânico a adquirir e transferir ao governo brasileiro as jazidas de minério de ferro pertencentes à Itabira Iron Ore.
Diário oficial: Nasce a Vale
Em junho de 1942, um decreto-lei de Getúlio Vargas define as bases de como seria organizada a Companhia Vale do Rio Doce, que iria encampar a Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia e a Companhia Itabira de Mineração.
No texto, é possível identificar os trâmites legais necessários para o ato, como pagamentos e indenizações. Este é o momento em que a Vale também herda a pré-existente Estrada de Ferro Vitória a Minas.
Diário Oficial 02/06/1942 Reprodução: Marcele Oliveira
Vista da Mina do Cauê em plena a tividade, no ano de 1943, em Itabira (MG). Foto: Erich Hess
Nascida para durar 50 anos
Documento datado de 1942 que traz o manifesto, os decretos e os estatutos da criação da Companhia Vale do Rio Doce. O documento traz a curiosidade de que a Vale, recém-nascida, tinha um prazo de duração de 50 anos preestabelecido.
A riqueza mineral agora é do Brasil
Carvão vegetal sendo carregado em cestos de palha para vagões, provavelmente às margens do Rio Doce. Foto: Jean Manzon
Com a criação da CVRD, o Brasil obtém definitivamente a posse de uma via férrea da mais alta importância e de instalações portuárias para embarque de minério, além de uma parcela substancial de riqueza mineral.
"Agora, mãos à obra"
Ato de Israel Pinheiro marca o início da Vale
Saiba mais
O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Israel Pinheiro (de terno branco), e comitiva visitam o cais de minério de Atalaia, no Porto de Vitória (ES).
Foto: Mazzei
O primeiro engenheiro
Carlos Nunes de Lima (de pé no canto esquerdo da foto) é oficialmente o primeiro engenheiro da Vale, admitido em 26 de junho de 1942, apenas 25 dias após a criação da mineradora.
Saiba mais
Foto posada do time de futebol do Valeriodoce E. Clube, nos anos de 1940. Foto: Coleção Carlos Nunes de Lima / Livro Histórias da Vale
Primeiro embarque de minério
Em 1942, ano de criação da Vale, a Segunda Guerra Mundial é uma realidade. Os americanos buscavam matéria-prima para a produção de armamentos e o minério de ferro era fundamental, o que consequentemente ajudou o processo
de compra. Porém, o primeiro carregamento de minério retirado de Itabira terminou no fundo do mar: o navio inglês SS Baron Napier foi atacado por alemães após sua partida, em julho do mesmo ano. O carregamento
perdido foi de 5,7 mil toneladas.
Aqui, você vê documentos originais do primeiro embarque e o Jornal da Vale de novembro de 1975 apresenta a cópia de outros documentos do envio do minério, em 27 de julho de 1942. Uma curiosidade é que o seguro do transporte
cobria prejuízos causados pelos ‘inimigos do Rei’, ou seja, piratas!
Reprodução: Marcele Oliveira
Ata da Assembleia de Constituição da CVRD. Reprodução: Marcele Oliveira
Ata da Assembleia de Constituição da CVRD
Documento original da Ata Assembleia de Constituição Definitiva da Sociedade Anônima CVRD, datado de 11 de janeiro de 1943, carrega a lista com a assinatura manuscrita de cada um dos acionistas presentes.
Escritura Pública de Doação
Documento original da Escritura Pública de Doação da Itabira Iron Ore Company Limited para União Federal, datado de 8 de janeiro de 1943, oficializa a doação de jazidas que se encontravam em treze propriedades
de Itabira.
Escritura Pública de Doação. Reprodução: Marcele Oliveira
1942
Reprodução: Marcele Oliveira
Um presente a Getúlio Vargas?
Datado de 1944, o álbum foi supostamente oferecido ao então Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Getúlio Vargas. O presente era uma forma de homenagem, já que, naquele período, Itabira se chamava Presidente
Vargas – aliás, essa é uma das curiosidades que ronda o álbum, que pode ser acessado na íntegra em nosso saiba mais.
Saiba mais
Vagões e composições nos anos 1950
Conjunto de Fotografias da EFVM. Reprodução: Marcele Oliveira
O conjunto de 25 fotografias originais mostra os diversos vagões e composições dos veículos ferroviários da Estrada de Ferro Vitória a Minas no ano de 1950.
Conjunto de Fotografias CEFVM.
Reprodução: Marcele Oliveira.
1956
Foto ilustrativa IBGE da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro Foto: Gilson
Primeiras ações da Vale são leiloadas em bolsa
Em 25 de outubro de 1956, foram ali leiloadas as primeiras 716 ações da CVRD na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro
Vitória, Espírito Santo (ES), Brasil, 1966 - Vista aérea de obras de construção do Complexo Portuário de Tubarão. Foto: Correio da Manhã / Arquivo Nacional
Um marco para o avanço das exportações
Para a empresa avançar no cenário mundial, era necessário ter capacidade de exportar mais. Para isso, é inaugurado, em 1º de abril de 1966, o Porto de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo.
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Carajás: a descoberta
Pará, Brasil, 17/09/1967, Geólogo Breno dos Santos - O geólogo Breno dos Santos que trabalhava para a Companhia Meridional de Mineração participou da busca por minérios no Norte do país. Foto: Coleção Breno Augusto
dos Santos
No dia 31 de julho de 1967, o geólogo Breno Augusto dos Santos faz um pouso em uma clareira no sudeste do Pará para abastecer. Breno era chefe de equipe de geólogos da US Steel, siderúrgica norte-americana, que procurava manganês
na região para suas usinas nos Estados Unidos.
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A CVRD ganha uma marca
Em agosto de 1975, o Jornal da Vale destaca o lançamento da nova marca da então Companhia Vale do Rio Doce - idealizada pela Desenho Ltda. A versão foi vencedora de um concurso instituído com o objetivo de padronizar a comunicação
visual da empresa.
É fundada a Reserva Natural Vale
Reserva Natural Vale. Foto: Ricardo Teles
A Reserva Natural Vale é fundada em 1951, em um momento em que a preocupação com a preservação do meio ambiente era pouco disseminada. Em 1978, a RNV se torna uma área oficialmente destinada à conservação e à pesquisa científica.
Hoje, a Reserva preserva uma área singular de Mata Atlântica praticamente intacta em Linhares, no Espírito Santo. São cerca de 23 mil hectares – equivalente ao tamanho de 23 mil campos de futebol.
O autógrafo de Drummond
Na edição de nº 85 do Jornal da Vale é publicada uma reportagem sobre o aniversário de Itabira, em Minas Gerais. A capa trazia um dos mais famosos poemas de Drummond, “Sentimento do mundo” e a matéria resgatava a Itabira
de antigamente.
Em forma de agradecimento, o poeta enviou uma mensagem à Vale. Mais do que o elogio, o veículo ganha um autógrafo de Carlos Drummond de Andrade, cujo a carta foi publicada na edição seguinte.
"Carajás era um sonho de olhos abertos"
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Parque Zoobotânico Vale é criado
Espécie brasileira de águia - Harpia Foto: Ricardo Teles
Criado em 1985, o Parque Zoobotânico Vale ocupa uma área de 30 hectares e permite a livre circulação de espécies de aves, cutias e macacos em suas áreas de visitação – o que permite uma experiência única de imersão na floresta
amazônica.
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Uma visita da realeza
Príncipe Charles e Princesa Diana em Carajás. Foto: Marcelo Carnaval
Em 23 de abril de 1991, o príncipe e a princesa de Gales, Charles e Diana, pousam em Carajás, no Pará. Eles são recepcionados por estudantes e moradores ao visitarem o núcleo residencial do complexo.
Saiba mais
Livro comemorativo – 50 anos de História
Vale lança livro com trajetória da empresa em seu aniversário de 50 anos.
1997
Privatização da Vale. Foto: Marcelo Carnaval
A Vale é privatizada
Em 6 de maio de 1997, um martelo é batido e a Vale é privatizada
A Vale seguiu ampliando seus negócios internacionais e deu o primeiro passo para iniciar as exportações para a China, hoje o principal cliente da empresa.
Saiba mais
Desenvolvendo talentos na música
A música é capaz de despertar os mais profundos dos sentimentos em cada um de nós. Por isso, desde os anos 2000, o Programa Vale Música cria oportunidades para estudantes participarem de formações musicais e desenvolverem seus
talentos.
Assista ao filme e descubra mais sobre o Vale Música.
Original Listing / Companhia Vale do Rio Doce / Rio / 2000. Reprodução: Marcele Oliveira
A Vale chega à Bolsa de Valores de Nova York
No início dos anos 2000, a Vale passa a ter suas ações listadas na Bolsa de Valores de Nova York. A New York Stock Exchange é considerada uma das mais famosas instituições financeiras dos Estados Unidos.
Mina do Sossego opera
Em 2004, Vale inaugura a Mina do Sossego, a primeira operação de cobre da empresa.
Parque Botânico Vale. Foto: Vitor Nogueira
Estímulo da vivência com a natureza
O Parque Botânico inicia suas atividades em maio de 2004 e integra o Cinturão Verde da Vale em Vitória, no Espírito Santo. O espaço de 33 hectares de Mata Atlântica é direcionado ao lazer e estímulo da vivência com a natureza.
É possível observar mais de 140 espécies de árvores além de aves migratórias, lontras, répteis e jacarés de papo amarelo.
Fachada da Casa da Cultura. Foto: Paulo Moreira
Valorização da cultura
A Vale é defensora e promotora do engajamento da cultura local em suas operações. A Casa da Cultura de Canãa dos Carajás é inaugurada em 2004.
O espaço tem como objetivo possibilitar encontros, pensamentos e criações. É um convite para que os visitantes convivam, compartilhem experiências e aprendam em conjunto.
2006
São Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais (MG), Brasil, 27/08/2016 - Mina Brucutu. Foto: Ricardo Teles
Maior mina de ferro de Minas Gerais entra em operação
A mina de Brucutu, localizada em São Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais, entra em operação em 2006. Na época da inauguração, o complexo mina/usina foi considerado o maior em capacidade inicial de produção implantado no mundo.
A unidade é a maior mina de ferro de Minas Gerais em produção.
Compra da mineradora canadense Inco
Saiba mais
Companhia Vale do Rio Doce has acquired Inco. Reprodução: Marcele Oliveira
Uma nova marca para uma nova Vale
Com a compra da Inco e o avanço das nossas operações em outros países, é preciso consolidar nossa imagem como uma empresa global. Surge, então, em 2007, um nome, uma nova marca. Vale. A decisão
levou em conta a força, a simplicidade e a sonoridade do nome Vale que é usado em diversos idiomas.
Suspensão de venda para guseiros
Vale suspende o fornecimento de minério de ferro a produtoras de gusa que desrespeitem as legislações trabalhista e ambiental no Brasil
Prêmio Brasileiro Imortal - Selos Comemorativos. Foto: Agência Vale
Prêmio Brasileiro Imortal
O Prêmio Brasileiro Imortal foi criado em 2008 para valorizar a atuação de cidadãos que contribuem para a preservação das riquezas naturais e para o desenvolvimento das comunidades do país.
Saiba mais
2009
Windfences em Tubarão
Ao longo da construção da nossa história, seguimos aprendendo e buscando alternativas cada vez mais sustentáveis para o nosso negócio. Em 2009, são instaladas barreiras de vento, ou windfences, no Complexo de Tubarão, no Espírito
Santo. As estruturas metálicas, que possuem uma tela acoplada, cercam os principais pátios de estocagem e têm como objetivo diminuir a emissão de poeira.
Cada barreira tem uma vez e meia a altura da pilha do produto estocado, variando entre 19 e 30 metros de altura. A estrutura foi a primeira da América Latina e da Vale.
Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas
Plantio de Mudas
Foto: Leo Drumond / Agência Nitro
Floresta Nacional (Flona) do Tapirapé-Aquiri e Rio Itacaiúnas. Foto: Ricardo Teles
Vinte e duas entidades e empresas privadas de capital brasileiro lançam, em 2009, uma carta aberta ao Brasil sobre mudanças climáticas, apresentando seus compromissos voluntários para a redução de emissões de gases do efeito
estufa (GEE). A carta é um marco porque, pela primeira vez, empresários do setor produtivo do país apresentam formalmente iniciativas para combater o aquecimento global.
2009
Prêmio Brasileiro Imortal - Jovens Ilustradores. Foto: Agência Vale
Jovens Ilustradores
Projeto Jovens Ilustradores busca despertar aptidões artísticas, disseminar conceitos de educação ambiental e conhecimento botânico entre jovens. As oficinas de ilustração botânica, que aconteceram em 2009, envolveram dois
mil jovens e professores do ensino público em 17 cidades brasileiras. Seis jovens e um professor foram selecionados para ilustrar selos de espécies escolhidas para a segunda edição do Prêmio Brasileiro Imortal.
Memorial Minas Gerais Vale. Foto: Marcelo Coelho
Museu de experiências
Um “museu de experiências”. Esta é a melhor expressão para descrever o Memorial Minas Gerais Vale, localizado em Belo Horizonte. O espaço apresenta a história, cultura e tradições de Minas por meio de provocações no conteúdo
expositivo, promovendo o diálogo com os mais diversos públicos visitantes.
Inaugurado em 2010, o museu ocupa o prédio onde funcionava a Secretaria de Estado da Fazenda, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais ─ IEPHA MG, a edificação é de 1897.
Valemax Gigante dos mares
O Valemax é um gigante em todos os sentidos da palavra: o modelo, construído especialmente para transportar minério, que passou a ser usado pela Vale em 2011, possui 362 metros de comprimento e mais de 30 metros de altura.
Saiba mais
70 anos de uma Vale viva
A pesquisa sobre os 70 anos da Vale foi essencial para o levantamento e organização de itens históricos que contribuíram para a produção do livro, “Nossa história”, e para o lançamento do média-metragem que levou o mesmo título. O filme, que contou com 165 entrevistados de 10 países, levou um Golfinho de Ouro no Cannes Corporate Award de 2012.
Raiz no Centro Histórico
Centro Cultural Vale Maranhão. Foto: Ricardo Teles
Inaugurado em 2014, o Centro Cultural Vale Maranhão finca raízes no centro histórico de São Luís, no Maranhão. O espaço dialoga com o seu entorno de maneira harmônica e mantém suas portas abertas para todos os públicos, incentivando
o diálogo, criações e novas propostas de artistas da cultura local.
Complexo S11D Eliezer Batista é inaugurado
Em 2016, a Vale inaugura o Complexo S11D Eliezer Batista, o maior empreendimento da história da empresa. A operação combina tecnologia de ponta, baixo custo e alta produtividade. Nossa revista especial traz destaques e
detalhes da construção.
Saiba mais
Correia transportadora de longa distância do Complexo S11D Eliezer Batista, Canaã dos Carajás, Pará. Foto: Ricardo Teles
Montagem dos novos prédios da Usina Cauê, Itabira, Minas Gerais. Foto: Bruno Vereza
Uma nova onda para a mineração
Com o objetivo de reaproveitar o minério de ferro que ficava acumulado em pilhas formadas ao longo dos anos, surge o Projeto Itabiritos.
Saiba mais
Caminhão autônomo de 240 toneladas. Reprodução: Vale.com
Mina autônoma
Em 2018, imensos caminhões fora de estrada, com capacidade para 240 toneladas, circulam nas vias de uma área de mineração sem um operador na cabine.
Saiba mais
Rompimento da Barragem I
O rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho, Minas Gerais, marca para sempre a história da Vale, de seus empregados e das comunidades e pessoas impactadas. Para acompanhar
as principais ações da Vale desde o rompimento da barragem acesse: vale.com/reparacao
Liderar a transição para uma mineração neutra em carbono
Compromisso com a sustentabilidade
Saiba mais
Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale é criado com o propósito de democratizar o acesso e fomentar a arte, a cultura e o desenvolvimento das expressões artísticas regionais. A Vale acredita no poder transformador da cultura e, há mais de duas
décadas, a empresa investe e fomenta múltiplas manifestações culturais brasileiras.
Locomotiva 100% elétrica
Vale e Progress Rail desenvolvem primeira locomotiva 100% elétrica da mineração brasileira. Foto: Amélio Luiz Mandelli
A primeira locomotiva 100% elétrica, movida a bateria, da mineração brasileira é da Vale. O projeto é uma parceria entre a Vale e a Progress Rail e faz parte do programa PowerShift, que visa substituir sua matriz energética por
fontes limpas.
Saiba mais
Nossas ações na pandemia
Kit coronavírus - Chegada ao Brasil. Foto: Renan Simões
Em 2020, o mundo foi pego de surpresa pela pandemia do novo coronavírus. Além de rever todos os protocolos de saúde e segurança das nossas operações ao redor no mundo, entendemos que este foi um momento em que precisávamos colocar
os nossos esforços em ajuda humanitária.
Saiba mais
Guilherme Correa de Oliveira, pesquisador titular do ITV no laboratório de Genômica. Foto: Ricardo Teles
ITV: ciência em busca de respostas
Em 2020, o Instituto Tecnológico Vale completa 10 anos de existência. No mesmo ano de seu aniversário, o ITV e a Fiocruz fecharam uma parceria para fortalecer a busca de respostas sobre o comportamento do novo coronavírus.
Saiba mais
Fundo Vale completa 10 anos
Lançado em 5 de junho de 2010, o Fundo Vale apoiou em 10 anos mais de 75 iniciativas entre instituições de pesquisa, governos locais, ONGs, startups e associações comunitárias para a proteção de mais de 23 milhões de hectares
de floresta, aportando, para isso, cerca de R$ 130 milhões na última década.
Proteção da Amazônia
Há mais de 30 anos, a Vale mantém ações de proteção à floresta na Amazônia. Em parceria com ICMBio, mantemos seis unidades de conservação, que formam o Mosaico de Carajás, no sudeste do Pará, uma área de cerca
de 800 mil hectares, o equivalente a cinco vezes a cidade de São Paulo.
A marca Vale
A marca Vale é construída todos os dias por cada um de nós. Ela é a síntese dos nossos valores, crenças e da nossa forma de enxergar o mundo. Nesta seção, contamos um pouco mais sobre como foi a trajetória em direção a marca
que temos hoje: consolidada e reconhecida globalmente.
Vale na Suíça - Saint-Prex Foto: Olli Geibel
Companhia Vale do Rio Doce
A Companhia Vale do Rio Doce foi criada pelo governo brasileiro em 1942. Com o crescente aumento de produção e exportação de minério, a empresa ganhou notoriedade no mercado e assim surgiu a necessidade de criar uma imagem
que a representasse. Nossa primeira marca não tinha um logo definido, e, durante vinte e cinco anos, a empresa foi quase sempre identificada pela sigla ‘CVRD’. A primeira representação de marca veio em 1967 e foi criada
por Aloísio Magalhães, que desenvolveu signos identificadores para a companhia.
Companhia Vale do Rio Doce
O crescimento exponencial a partir da década de 1970 fez da empresa um sinônimo de desenvolvimento e, por isso, em 1974 foi lançado um concurso interno com o objetivo de criar uma nova marca que representasse este momento.
A marca vencedora fazia menção às bandeiras do Brasil e do estado de Minas Gerais, berço da Companhia Vale do Rio Doce.
Detalhe de sacas em Carajás, com logo antigo CVRD. Foto: Dario Zalis
Empregada da Vale, Luana Ferreira, no Terminal Marítimo da Ponta da Madeira, no Maranhão. Foto: Ricardo Teles
Vale
Após a privatização da empresa na década de 1990 e aquisição da mineradora canadense Inco, a CVRD atingia um novo marco em sua história e, com isso, surgia a necessidade de se reposicionar mais uma vez. As razões para
a modificação poderiam estar resumidas em uma só palavra: globalização. Era necessário pensar nos próximos passos rumo a um futuro de atuações ao redor do mundo, mas que também reforçasse a origem brasileira da
empresa.
Em 2007, a Companhia Vale do Rio Doce passava a se chamar oficialmente de Vale – o que foi um grande passo para facilitar a pronúncia entre diversas nacionalidades.
O desenho trouxe a letra “V”, que faz uma referência direta com a primeira letra do nome da empresa e pode representar tanto uma cava de mina quanto um coração. Desde então, a marca está presente nos uniformes, equipamentos
e demais elementos que fazem parte do dia a dia dos empregados.
Espaço Memória
O projeto do Espaço Memória nasceu em 2011, durante a produção do livro ‘Nossa História’ e do filme média-metragem de mesmo nome que foram criados para celebrar os 70 anos da Vale. Ao aprofundar a pesquisa para a construção
dos materiais, foram descobertos diversos documentos de relevância histórica espalhados em depósitos e unidades da Vale. Diante da importância dos itens para a Vale e para a narrativa da trajetória da mineração no Brasil
surgiu a necessidade de resgatar e proteger o acervo.
Pico do Cauê – Primeiros anos de extração do minério de ferro. Foto: Erich Hess
Nosso trabalho
Processo de Curadoria
Faça parte dessa história
Os “achados” da memória
Para manter as lembranças vivas, o acervo guardado no Espaço Memória está dividido em dois ambientes. O primeiro é um laboratório que armazena os itens de valor histórico identificados pela equipe, ainda sem os cuidados
devidos. Nele, cada publicação, foto ou objeto é catalogado e cuidadosamente analisado, para determinar o tratamento adequado que deve receber, desde uma simples higienização até uma restauração química, por exemplo.
Após serem tratados, os itens são transferidos para o segundo espaço, a reserva técnica, onde ficam os materiais higienizados em condições controladas de temperatura e umidade.
Todo esse trabalho é realizado por uma equipe multidisciplinar e apaixonada pelo que faz. Para garantir que a história seja contada da forma correta e possa ser perpetuada pelos anos, os profissionais responsáveis pelo
acervo dedicam tempo para juntar as peças do quebra cabeça do passado e transformar parágrafos soltos em uma bela narrativa.
Você sabe como é feito o processo de curadoria e recuperação de arquivos históricos?
A equipe do Espaço Memória recebe ou encontra um documento histórico da empresa e faz uma análise completa do material, determinando seu estado de conservação, data do item e sua relevância para a história da Vale.
Conheça as etapas desse processo que garantem que os materiais sejam conservados corretamente e possam disseminar a história da Vale e da mineração no Brasil.
Documento original antes de ser tratado: capa solta, folhas desgastadas pela ação do tempo e cores sem vida.
Documento original antes de ser tratado: capa solta, folhas desgastadas pela ação do tempo e cores sem vida.
O próximo passo é a limpeza mecânica. Com uma "boneca” de algodão (chumaço de algodão envolto em tecido fino), aplica-se pó de borracha sobre as folhas, friccionando-o em movimentos circulares para eliminar as sujeiras
superficiais do documento, sem interferir na sua cor e textura.
O pó de borracha é retirado com a ajuda de uma trincha (espécie de pincel largo) e as sujeiras mais profundas, como pontos de poeira ou fezes de insetos que ficam grudadas no papel, são removidas com bisturi.
Finalizada a limpeza, é hora de recompor o material. A capa, antes rasgada, recebe uma “obturação”: posiciona-se papel japonês na emenda das duas metades e aplica-se uma camada de metilcelulose, cola neutra à base
de água. Ao ser umedecido pela cola, o papel fica transparente, não interferindo na cor e no desenho do documento original.
Pronto! O documento higienizado é acondicionado em envelopes de poliéster e guardado.
Sabemos que ainda temos muita história para contar pela frente, mas valorizamos cada pedaço de nosso passado.
A história está sendo escrita no nosso dia a dia. Cada acontecimento será um fato histórico em pouco tempo. E, por isso, sabemos que ainda temos muita história para contar pela frente, sem deixar de valorizar cada pedaço
do nosso passado.
Se você possui documentos e materiais históricos da Vale e quer dividir com a gente, entre em contato pelo e-mail espaco.memoria@vale.com.
Presidentes da Vale
Presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Israel Pinheiro (de terno branco), e comitiva visitam o cais de minério de Atalaia, no Porto de Vitória (ES) . Foto: Mazzei.
2019
Eduardo Bartolomeo
Em 2019, Eduardo Bartolomeo foi eleito o diretor-presidente da Vale. Bartolomeo possui 10 anos de experiência na empresa, já tendo exercido a posição de diretor-executivo de Logística, Operações Integradas de Bulk
Commodities e mais recentemente a de diretor-executivo de Metais Básicos no Canadá. À frente desses cargos, idealizou o Sistema de Produção da Vale (VPS, em inglês) que, aliado ao investimento em tecnologia e à formação
de pessoas, gerou grandes ganhos para a empresa, aliando produtividade e segurança. Em sua gestão, também foi criado o Centro de Excelência em Logística, com unidades no ES (Unidade de Tubarão) e MA (Ponta da Madeira),
dedicado à formação de profissionais de porto e ferrovia, com simuladores de trens, de carregadores de navio e de manutenção.
Além da Vale, o executivo trabalhou na Ambev entre 1994 e 2003, tendo exercido funções executivas, sendo a última como diretor de Operações. Possui também experiência como diretor-presidente e conselheiro em outras empresas.
2017 a 2019
Foto: Eny Miranda / Cia da Foto
Fabio Schvartsman
Fabio Schvartsman tomou posse como presidente da Vale em 2017 e permaneceu até 2019. O engenheiro de produção é graduado e pós graduado em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e já havia
chefiado empresas como a Duratex e Klabin. Fabio assumiu o cargo com o principal objetivo de liderar a reorganização societária do grupo, com a finalidade de alocar as ações em uma carteira de ordinárias voltadas para o Novo Mercado.
Murilo Pinto de Oliveira Ferreira
Até chegar ao posto mais alto da Vale, em 2011, Ferreira acumulou quase 30 anos de experiência no setor, já que ingressara na empresa em 1988, como diretor da Vale do Rio Doce Alumínio (Aluvale). A partir daí, ocupou diversos cargos
de comando até chegar à presidência da Vale Inco (atual Vale Canadá), onde permaneceu até 2008. Desde o início de sua gestão na Vale, priorizou a execução responsável dos investimentos da empresa, o treinamento dos empregados e iniciativas voltadas para a valorização da vida.
2011 a 2017
2001 a 2010
Foto: Eny Miranda / Cia da Foto
Roger Agnelli
Ao assumir a presidência Vale, em 2001, Roger Agnelli já havia experiência de liderança, tendo passado pela diretoria executiva do banco Bradesco – o mais jovem a conseguir o feito até então. O grande feito de Agnelli durante
seus 10 anos de gestão foi apostar em aquisições de minas e companhias no exterior – um exemplo foi a compra da canadense Inco. Isso fez com que a Vale saltasse do quarto para o segundo lugar no mercado de mineração mundial, além de aumentar o
lucro da empresa em mais de 25 bilhões de reais.
Em 2009, Agnelli assinou, pela Vale, o Pacto Global da ONU, programa de 10 princípios nas áreas de meio ambiente, direitos humanos e combate à corrupção. Durante sua gestão, também houve a mudança da marca, em 2007: dali por
diante, a antiga CVRD seria simplesmente Vale.
1999 a 2001
Jório Dauster Magalhães e Silva
“É necessário se reinventar constantemente”, disse Jório em uma entrevista. Foi o que ele fez ao longo de sua vida: além de diplomata, Dauster também é um nome conhecido na tradução literária, responsável por transpor para
o português obras de grandes nomes. Em 1999, chegou à presidência da Vale e teve como seu principal feito a reestruturação da Companhia após a privatização, além da preparação do caminho para a expansão que viria nos anos seguintes. Dauster deixou a CVRD em 2001.
1992 a 1997
Francisco José Schettino
Francisco José Schettino esteve à frente da Vale no período que antecedeu a privatização da empresa. O engenheiro foi indicado para a Vale por Itamar Franco e foi empossado logo após o encerramento da Rio-92 (Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento), sediada no Rio de Janeiro.
Isso foi determinante para sua atuação, que teve como foco investir nas políticas de preservação ao meio ambiente e reaparelhar a logística da Vale, como o novo Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão.
Ele também participou da transição após a privatização, com cargo no Conselho Administrativo da Vale
Wilson Nélio Brumer
Nomeado pelo presidente Fernando Collor, Wilson Brumer foi empossado presidente da Companhia Vale do Rio Doce em 1990. Ele já carregava um histórico na Companhia, que se iniciou nos anos 1980, já como diretor financeiro. Brumer
assumiu o cargo com a missão de promover, ainda que de forma inicial, uma reforma administrativa que preparasse a Companhia para uma futura privatização. Entre os destaques de suas atuações, estão o fortalecimento da presença da Vale no mercado de ações e o retorno dos investimentos a Itabira.
Com a renúncia de Collor à Presidência da República, em 1992, Brumer também deixou a presidência da Vale. Foi, posteriormente, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais.
1990 a 1992
1987 a 1990
Agripino Abranches Viana
Formado pela Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (hoje Universidade Federal de Viçosa), Viana tornou-se assessor especial da presidência da CVRD, convidado por Eliezer Batista, em abril de 1979. Com a morte de Raymundo
Mascarenhas, em 1987, foi empossado presidente, acumulando as funções de presidente do Conselho de Administração da Vale do Rio Doce Navegação (Docenave).
Em sua gestão, a Companhia eliminou o uso de carvão vegetal de florestas nativas e alcançou a auto-suficiência do material a partir de florestas plantadas. Além disso, ele elaborou o Plano-Estratégico 1989-2000,
com foco na internacionalização. Agripino permaneceu no cargo até abril de 1990, quando foi substituído por Wilson Brumer.
1961 - 1964 e 1979 - 1986
Eliezer Batista
Eliezer Batista foi o primeiro funcionário de carreira a ocupar o posto dentro da CVRD – que ocorreu em dois momentos diferentes na história da Companhia. Até hoje, o engenheiro é referenciado como um dos nomes mais importantes para a empresa, o que é facilmente explicado pelo crescimento espetacular que ocorreria a partir da década de 1980.
Em sua primeira passagem pelo cargo (1962 – 1964), Eliezer foi o criador de uma estratégia de comercialização de minério em grande escala e de longo prazo com as siderúrgicas japonesas, o que o levou a idealizar o Terminal Marítimo de Tubarão no Espírito Santo. Em um segundo momento (1979 – 1986), participou da implementação do Projeto Ferro Carajás, o que foi decisivo para transformar a CVRD na maior mineradora de ferro do mundo.
1964 - 1965
Paulo José de Lima Vieira
Paulo Vieira já tinha experiência como presidente, uma vez que ocupou o cargo na Companhia Siderúrgica Nacional antes de ser empossado presidente da Vale, em 1964. Neste momento, o país passava pelo golpe militar que tirara João Goulart da presidência e, consequentemente, as funções gerenciais – especialmente aquelas ligadas às empresas estatais – eram fundamentais às estratégias do novo governo.
Sua gestão foi marcada pela consolidação do primeiro contrato de venda de minério para o Japão - assinado anteriormente. Ele também deu prosseguimento às obras no porto de Tubarão e manteve os compromissos assumidos com as mineradoras Samitri e Ferteco, que necessitavam da ligação ferroviária Costa Lacerda-Fábrica para exportar o seu produto. Em janeiro de 1965, Vieira afastou-se do cargo por discordâncias políticas.
1965 - 1967
Foto: Coleção José Clóvis Ditzel
Oscar de Oliveira
Oscar de Oliveira já era funcionário da CVRD quando tomou posse da presidência, em 1965. A maior marca de sua administração foi a inauguração, em 1966, do Terminal Marítimo de Tubarão, projeto iniciado quatro anos antes, ainda durante o governo de João Goulart e com Eliezer Batista na presidência da Vale. Com Tubarão, a CVRD via seus números de exportação quadruplicarem e, então, iniciou-se uma preparação para mais conquistas no mercado internacional, que marcariam as duas décadas seguintes.
Ele deixou a presidência da CVRD em março de 1967, quando terminou o governo Castelo Branco.
1967 – 1969
Antônio Dias Leite Jr.
Antônio Dias foi nomeado presidente da CVRD em 1967, aos 47 anos. Sua gestão à frente da Companhia foi marcada pelo incentivo ao setor exportador: ele buscou um contato direto com indústrias consumidoras, o que viabilizou uma construção conjunta de usinas de pelotização de minérios.
Em 1969, foi inaugurada a primeira usina de pelotização da Vale, em Tubarão, no Espírito Santo, com capacidade de produção de 2 milhões de toneladas/ano. No mesmo ano, Leite deixou a direção da Companhia para assumir o Ministério de Minas e Energia.
1969 - 1974 e 1986 - 1987
Raymundo Mascarenhas
Mascarenhas entrou na empresa no ano de 1957 e foi o segundo empregado da CVRD a ocupar o mais alto posto da empresa. No primeiro ano de sua gestão, a exportação da CVRD passou de 11.550 milhões de toneladas embarcadas em 1968 para 16.056 milhões. Esse aumento nas vendas estava atrelado também ao surgimento do novo produto de exportação da Companhia: o ferro-gusa produzido em Minas Gerais.
Em 1974, a Vale tornou-se a maior exportadora de minério de ferro do mundo, detentora de 16% do mercado transoceânico do minério. No mesmo ano, Raymundo deixou a empresa para assumir a direção de outra empresa, onde ficou até 1983. Ele retornou à Companhia Vale do Rio Doce no ano seguinte como diretor comercial, em 1985 tornou-se vice-presidente e, em abril do ano seguinte, foi novamente empossado como presidente.
1974 a 1978
Fernando Roquete Reis
Fernando Roquete Reis foi empossado no início do mandato presidencial do general Ernesto Geisel. A mineração no Brasil passava por uma série de mudanças estratégicas, com ênfase na diversificação e nos negócios com o exterior. Reis participou da batalha judicial que envolveu a Vale e a United States Steel (sócias na Amazônia Mineração S.A.) pelo controle na exploração da maior reserva de minério do mundo. Entre outros pontos de destaque em sua passagem, também estão o início do projeto de Carajás e investimentos na linha do fosfato - com a Valep e a Valefértil.
Joel Mendes Rennó
Joel Rennó já era íntimo da política mineral do Brasil quando assumiu o cargo de presidente, em 1978: ele era assessor para Assuntos Estratégicos do ministro de Minas e Energia à época. Durante sua curta gestão, priorizou construção da Estrada de Ferro Carajás, que levaria o minério do Pará até o porto em São Luís.
Foi responsável também pela elaboração e montagem do novo complexo mina-ferrovia-porto, que cumpriu um papel fundamental para o desenvolvimento da região e para o sucesso dos negócios. Rennó deixou o cargo ainda em 1979 e, mais tarde, foi presidente da Petrobras.
1978 a 1979
1953 a 1961
Francisco de Sá Lessa
Durante oito anos, Francisco de Sá Lessa ocupou o cargo da presidência junto a outras cinco diretorias. Era engenheiro civil, com pós-graduação em Química Industrial pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, e sua formação
se refletiu muito no perfil de sua gestão. No período em que exerceu a função, Lessa dirigiu a comissão de vendas e minérios, que era direcionada ao estudo sobre o aumento da capacidade de produção, transporte e exportação
do minério de ferro de Itabira e à colocação desse minério nos mercados consumidores internacionais, como Alemanha e países do Leste Europeu. Ao deixar a presidência, a Companhia já tinha seu nome consolidado no mercado
internacional. Entre 1955 e 1956, concomitantemente ao cargo na CVRD, Sá Lessa assumiu como interino a Prefeitura do Rio de Janeiro por indicação do presidente da República, Nereu Ramos.
1951 a 1952
Juracy Magalhães
Juracy Magalhães foi uma figura política de grande importância, principalmente para a região Nordeste do país. Em 1951, a convite pessoal do então presidente Getúlio Vargas, aceitou o cargo de presidência na Companhia Vale
do Rio Doce – onde permaneceu até 1952.
Nesse período, implantou novos métodos de gestão de recursos humanos e tornou-se conhecido por exigir pontualidade rigorosa dos funcionários. Seus projetos ferroviários também foram decisivos para a expansão e a eficiência da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Ao deixar o cargo, seguiu sua carreira política e foi ainda embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Nos anos seguintes, foi ministro da Justiça e das Relações Exteriores.
Demerval Pimenta
Demerval Pimenta foi o segundo presidente da Companhia Vale do Rio Doce e assumiu o cargo da presidência em 1946, aos 50 anos. Junto a quatro grupos de diretores, o administrador formado pela Escola de Minas de Ouro Preto foi responsável
por alavancar a exportação da empresa em um cenário pós II Guerra Mundial e seguir com o trabalho de implementação da CVRD.
Pimenta deixou a presidência da companhia em 1951. Sempre foi grande entusiasta da Vale, motivo o qual o motivou a escrever o livro comemorativo dos 40 anos da empresa, em 1982, um precioso documento de memória.
1946 a 1951
1943 a 1946
Israel Pinheiro
De uma forma ou de outra, antes de integrar o quadro de funcionários da Companhia Vale do Rio Doce, Israel Pinheiro já era Vale. Antes mesmo de ser criada a empresa, ele participou das negociações dos Acordos de Washington – firmados
entre Brasil, Inglaterra e EUA – que resultaram na encampação da Itabira Iron Ore Company e, por fim, no nascimento da Companhia, em 1942.
Nos primeiros anos da CVRD, ele esteve à frente da presidência – momento o qual a empresa ainda estava em fase de implementação e ajustes iniciais. Depois que deixou a Companhia, voltou a dedicar-se à política, sua maior vocação:
foi o primeiro prefeito de Brasília e governou Minas Gerais entre 1966 e 1971.
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