Controle e Gestão de Barragens
Visão integrada e atualizada
Vale mantém a gestão de suas barragens alinhada às melhores e mais rigorosas práticas internacionais, integrada junto a movimentos da sociedade e atualizada com relação aos avanços de legislação.
Por isso, intensificamos a frequência de monitoramento de nossas estruturas e as avaliações de seus estados de conservação, de forma a nos adiantar aos problemas por meio de medidas preventivas e corretivas.
Um exemplo desses esforços permanentes é a criação, desde 2019, de três Centros de Monitoramento Geotécnico (CMG), que monitoram as barragens 24/7 para garantir informações úteis à melhor tomada de decisão.
O uso de novas tecnologias também merece destaque. A Vale atua ativamente para aumentar a recuperação de minério no processo de beneficiamento, reduzir rejeitos, implementar novas soluções de descarte e aprimorar os controles operacionais e a gestão de segurança das barragens.
Gestão de Emergência
Pilares
Na área de ferrosos, o sistema de gerenciamento de risco integrado de estruturas geotécnicas da Vale se baseia em três pilares principais:
Pessoas:
Equipes especializadas em controle e gestão de barragens são dedicadas ao cuidado das estruturas da Vale.
Processos:
Reavaliação de procedimentos na gestão de segurança, de risco e de emergência, em todo o ciclo da estrutura: da implementação do projeto à operação. Em todas as fases, são realizados prognóstico de riscos e é estabelecido estado de alerta em caso de emergência. A política de segurança de barragens e de estruturas geotécnicas de mineração, estabelecida em outubro de 2020, e o padrão normativo de gerenciamento de riscos de negócio da Vale, revisado em dezembro de 2020, direcionam esse trabalho.
Sistemas de Informação:
São dois desses sistemas na área de ferrosos:
-
Geotc: armazena dados de manutenção estrutural e monitoramento;
-
GRG: armazena dados técnicos das estruturas e o Plano de Segurança de Barragens (PSB).
Novas tecnologias de monitoramento de barragens:
Centro de Monitoramento Geotecnico (CMG)
Níveis de Emergência de Barragens:
Consideram-se situações de emergência aquelas decorrentes de eventos adversos que afetem a segurança da barragem e possam causar danos à sua integridade estrutural e operacional, à preservação da vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente. A situação de emergência deverá ser avaliada e classificada de acordo com os níveis abaixo:
Nível de Emergência |
Detalhamento |
Comunicação |
Estruturas da Vale |
|
|
|
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Nível 1 |
Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima quanto ao estado de conservação ou para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura, que demande inspeções diárias. |
Agência Nacional de Mineração (ANM), órgãos ambientais, Defesa Civil (nacional, estadual e municipal). |
Ações imediatas: sinalização de instabilidade e intensificação do monitoramento.
Barragens: 5-MAC, 5-Mutuca, 6, 7A, B, Borrachudo II, Campo Grande, Dicão Leste, Doutor, Maravilhas II, Marés II, Norte/Laranjeiras, Paracatu, PDE 3, Peneirinha, Pontal, Porteirinha, Santana, Sul Inferior, Vargem Grande. |
Nível 2 |
Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida do
Nível I for classificada como “não controlada” ou “não extinta”, necessitando de novas inspeções especiais e intervenções. |
ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal,) Zona de Autossalvamento (ZAS), e Zona de Segurança Secundária (ZSS). |
Ações imediatas: a partir desse nível é feita a evacuação das pessoas que estão na ZAS. Barragens: Área IX, Capitão do Mato, Dique de Pedra, Forquilha I, Forquilha II, Grupo, Xingu. |
, Nível 3 |
Situação de ruptura iminente ou está ocorrendo. |
ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal), ZAS e ZSS. |
Ações imediatas: os cuidados são estendidos para as pessoas que estão na ZSS por meio de medidas educativas adicionais.
Barragens: B3/B4, Forquilha III, Sul Superior. |
Nível de Emergência
Nível 1
Detalhamento:
Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima quanto ao estado de conservação ou para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura, que demande inspeções diárias.
Comunicação
Agência Nacional de Mineração (ANM), órgãos ambientais, Defesa Civil (nacional, estadual e municipal).
Estruturas da Vale
Ações imediatas: sinalização de instabilidade e intensificação do monitoramento.
Barragens: 5-MAC, 5-Mutuca, 6, 7A, B, Borrachudo II, Campo Grande, Dicão Leste, Doutor, Maravilhas II, Marés II, Norte/Laranjeiras, Paracatu, PDE 3, Peneirinha, Pontal, Porteirinha, Santana, Sul Inferior, Vargem Grande.
Nível 2
Detalhamento:
Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida do
Nível I for classificada como “não controlada” ou “não extinta”, necessitando de novas inspeções especiais e intervenções.
Comunicação
ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal), Zona de Autossalvamento (ZAS) e Zona de Segurança Secundária (ZSS).
Estruturas da Vale
Ações imediatas: a partir desse nível é feita a evacuação das pessoas que estão na ZAS.
Barragens: Área IX, Capitão do Mato, Dique de Pedra, Forquilha I, Forquilha II, Grupo, Xingu.
Nível 3
Detalhamento:
Situação de ruptura iminente ou está ocorrendo.
Comunicação
ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal), ZAS e ZSS.
Estruturas da Vale
Ações imediatas: os cuidados são estendidos para as pessoas que estão na ZSS por meio de medidas educativas adicionais.
Barragens: B3/B4, Forquilha III, Sul Superior.
1 Atualizado em 31/03/2022
Atualização Nível de Emergência em 31/03/2022
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Quantidade |
Estrutura – Comentários |
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Elevação do nível de emergência
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1
|
A barragem Porteirinha teve nível de emergência 1 iniciado |
Manutenção do nível de emergência |
|
29
|
- |
Redução do nível de emergência |
|
-
|
-
|
Listas de estruturas em nível de emergência
Estruturas com método de alteamento a montante
Minério de Ferro
Estrutura |
Status Operacional |
Localização |
Finalidade |
DCE |
Nível de Emergência |
Data de nível de emergência |
5 - MAC |
Inativa |
Nova Lima |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
19/06/2019 |
Área IX |
Inativa |
Ouro Preto |
Rejeitos |
Negativa |
2 |
13/01/2022 |
B3/B4 |
Inativa |
Nova Lima |
Rejeitos |
Negativa |
3 |
27/03/2019 |
Campo Grande |
Inativa |
Mariana |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
01/04/2019 |
Doutor |
Inativa |
Ouro Preto |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
18/05/2021 |
Forquilha I |
Inativa |
Ouro Preto |
Rejeitos |
Negativa |
2 |
08/10/2020 |
Forquilha II |
Inativa |
Ouro Preto |
Rejeitos |
Negativa |
2 |
20/02/2019 |
Forquilha III |
Inativa |
Ouro Preto |
Rejeitos |
Negativa |
3 |
27/03/2019 |
Grupo |
Inativa |
Ouro Preto |
Rejeitos |
Negativa |
2 |
20/02/2019 |
Pontal |
Inativa |
Itabira |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
31/03/2019 |
Sul Superior |
Inativa |
Barão de Cocais |
Rejeitos |
Negativa |
3 |
22/03/2019 |
Vargem Grande |
Inativa |
Nova Lima |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
04/06/2019 |
Xingu |
Inativa |
Mariana |
Rejeitos |
Negativa |
2 |
29/09/2020 |
Estruturas com método de alteamento a jusante
Minério de Ferro
Estrutura |
Status Operacional |
Localização |
Finalidade |
DCE |
Nível de Emergência |
Data de nível de emergência |
5 - Mutuca |
Operação |
Nova Lima |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
29/07/2020 |
Maravilhas II |
Inativa |
Itabirito |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
01/04/2019 |
Peneirinha |
Inativa |
Nova Lima |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
01/04/2020 |
Porteirinha |
Operação |
Santa Bárbara |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
31/03/2022
|
Santana |
Operação |
Itabira |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
31/03/2019 |
Estruturas com método de alteamento em etapa única, linha de centro ou desconhecido
Minério de Ferro
Estrutura |
Status Operacional |
Localização |
Finalidade |
DCE |
Nível de Emergência |
Data de nível de emergência |
6 |
Inativa |
Nova Lima |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
09/06/2020 |
7A |
Inativa |
Nova Lima |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
09/06/2020 |
B |
Inativa |
Nova Lima |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
01/04/2019 |
Borrachudo II |
Operação |
Itabira |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
22/04/2020 |
Capitão do Mato |
Inativa |
Nova Lima |
Sedimentos |
Negativa |
2 |
11/02/2020 |
Dicão Leste |
Operação |
Mariana |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
24/04/2020 |
Dique de Pedra |
Inativo |
Ouro Preto |
Rejeitos |
Negativa |
2
|
22/02/2022
|
Marés II |
Inativa |
Belo Vale |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
01/04/2019 |
Norte/Laranjeiras |
Inativa |
Barão de Cocais |
Rejeitos |
Negativa |
1 |
30/11/2021 |
Paracatu |
Operação |
Catas Altas |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
01/09/2020 |
PDE 3 |
Operação |
São Gonçalo do Rio de Baixo |
Sedimentos |
Negativa |
1 |
01/09/2011 |
Sul Inferior |
Inativa |
Barão de Cocais |
Sedimentos |
Negativa |
1
|
18/06/2021
|
Documentos adicionais:
Medidas para estruturas em nível de emergência
Para as 20 estruturas com protocolos de emergência ativos em nível 1, a Vale conta com ações intensificadas de monitoramento e sinalização de instabilidade, além da realização de estudos, ações e obras complementares para melhoria de segurança, conforme o caso.
As 10 estruturas com protocolos de emergência ativos em níveis 2 e 3 tiveram as respectivas Zonas de Autossalvamento evacuadas em caráter preventivo, com a remoção e realocação das famílias localizadas à jusante das estruturas (quando aplicável). Nesses casos, a Vale adota medidas para o fortalecimento das condições de estabilidade e segurança, como a manutenção dos reservatórios secos, a redução do aporte de água e a implantação de canais de cintura.
A Vale também mantém estruturas de contenção a jusante de barragens em condições críticas para evitar que os rejeitos alcancem a Zona de Segurança Secundária dos municípios em um cenário hipotético extremo de ruptura.
- Em 2020, duas estruturas de contenção tiveram obras concluídas à jusante das barragens Sul Superior, em Barão de Cocais, e B3/B4 em Nova Lima (MG).
- Em 2021 a Vale finalizou a estrutura de contenção relativa às barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo, em Ouro Preto (MG).
A construção de outras 3 estruturas de contenção está prevista para 2023.
Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM)
Parte do Plano de Segurança de Barragem (PSB), o PAEBM é um documento técnico protocolado nas prefeituras e Defesas Civis (municipais, estaduais e federais) e que define ações imediatas em caso de emergência.
Objetivos:
- Evitar ou minimizar perdas de vidas, impactos sociais, econômicos e ambientais.
- Identificar e classificar situações e/ou eventos diversos que possam colocar em risco a integridade da estrutura da barragem;
- Estabelecer ações emergenciais.
- Informar o fluxo de comunicação com os diversos agentes envolvidos.
Os PAEBMs das estruturas da Vale são submetidos às prefeituras, Defesas Civis e órgãos ambientais de Minas Gerais, e estão disponíveis
aqui.
Conteúdo do PAEBM
Engajamento com a comunidade:
Para que os moradores próximos às barragens saibam como reagir em situação de emergência.
- Realização de simulados junto às comunidades
- Parceria com a Defesa Civil
- Sistemas de sirene e alertas
- Canal aberto com a comunidade para dúvidas e esclarecimentos sobre o PAEBM
Partes envolvidas:
Empreendedor
Agente privado ou governamental que explora a barragem para benefício próprio ou da coletividade.
Responsável técnico
Encarrega-se das atribuições profissionais do projeto: construção, operação, manutenção ou monitoramento da barragem.
Coordenador
Agente designado pelo empreendedor, responsável por coordenar o PAEBM, e que se compromete a estar disponível para atuar prontamente nas situações de emergência da barragem.
Equipe de segurança
Conjunto formado por profissionais do próprio quadro de pessoal do empreendedor ou por contratadas especificamente para este fim.
Agentes externos
Autoridades do poder público responsáveis pela fiscalização e gestão da segurança da barragem. Atuam em caso de emergência.
Centro de Monitoramento Geotécnico
Equipe do empreendedor que monitora continuamente a barragem e executa as ações previamente estabelecidas para as situações de emergência.
Definições de áreas próximas às barragens:
Usadas para classificar as populações das imediações em caso de emergência.
Zona de Autossalvamento (ZAS)
Região em que se considera não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em situações de emergência. Para sua delimitação, deve-se adotar uma distância que corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação igual a trinta minutos ou 10 km.
Zona Segurança Secundária
Região constante do Mapa de Inundação e que não pode ser definida como ZAS.
Fluxo de ações esperadas - PAEBM:
Brumadinho (MG)
No episódio com a barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), logo após o ocorrido foram criados:
Iniciativas da gestão de barragens
Desde o rompimento da barragem em Brumadinho, as análises realizadas pela Vale foram intensificadas no intuito apoiar a realização de ações preventivas e corretivas em todas a estruturas.
O reporte da Diretoria de Segurança e Excelência ao CEO prevê: |
Áreas de negócios e unidades funcionais incluem:
|
|
|
- Diretor Executivo liderando o departamento e definindo parâmetros técnicos
- Suporte ao uso de modelos de risco e gerenciamento de ativos padrões pela área operacional
- Foco em normas e procedimentos
- Auditoria com independência e transparência
- Diretoria dedicada à Geotecnia, com foco na adoção das melhores práticas.
|
- Figura do responsável pela gestão e seguranças nas operações
- Cumprimento dos
guidelines de excelência operacional
- Relatórios de denúncias e de gestão de risco dos ativos
- Garantia quanto a
expertise técnica das equipes operacionais
- Obrigatoriedade da aplicação do Modelo de Gestão da Vale (Vale Production System - VPS)
|
Segurança, saúde e excelência operacional reportando para o CEO
- Departamento liderado pelo Diretor Executivo Carlos Medeiros define parâmetros técnicos
- Suportar o uso de modelos de risco e gerenciamento de ativos padrões pela área operacional
- Foco em normas e procedimentos
- Auditoria com independência e transparência
- Diretoria dedicada à Geotecnia, com foco na adoção das melhores práticas
Áreas de negócios e unidades funcionais
- Responsável pela gestão e seguranças nas operações
- Cumprir com os guidelines de excelência operacional
- Relatórios de Gestão de risco dos ativos e denúncias
- Garantir expertise técnica das equipes operacionais
- Obrigatoriedade do VPS (Vale Production System)
Sistema de Gestão Rotina, Performance e Riscos (RPR)
O RPR da Vale tem o intuito de cobrir todos os aspectos relevantes para a segurança de uma barragem ou depósito de rejeitos.
Nesse sistema, são acompanhadas as gestões:
- da rotina aplicada a estrutura, por meio da disciplina operacional;
- da performance do ativo geotécnico, viabilizada por um acompanhamento contínuo e formal do Engenheiro de Registro;
- dos riscos, pela identificação de modos de falha e seus controles críticos, inserção e acompanhamento via plataforma de gestão de riscos de negócio.
Gestão de risco das barragens de rejeitos
A governança e a atualização das linhas de defesa das barragens aumentam o fluxo de dados dentro da empresa, permitindo que informações relacionadas a riscos e segurança sejam constantemente revisadas e cheguem até a alta administração.
A gestão de risco das barragens de rejeitos da Vale está totalmente alinhada ao Modelo de Gestão da empresa (VPS), dividindo-se em três níveis:
Técnico
- Diretrizes básicas de geotecnia;
- Disciplina operacional;
- Padrões das atividades e rotinas mínimas;
- Elaboração de 25 padrões normativos;
- Elaboração de uma política para segurança de barragens;
- Integração dos riscos geotécnicos ao GRN;
- Governança de projetos;
- Requisitos mínimos.
Gestão
- Implementação de um modelo baseado na gestão da Rotina, da Performance e Riscos (RPR);
- Introdução do Engenheiro de Registro (EoR) e acompanhamento contínuo das estruturas;
- Aplicação do HIRA para barragens;
- Planejamento Controle Manutenção (PCM);
- Implementação do Sistema de Gerenciamento e Desenvolvimento no Chão de Fábrica (Floor Management Development System - FMDS);
- Desdobramento da Estratégia;
- Governança.
Liderança
- Revisão da estrutura organizacional;
- Funções e responsabilidades definidas;
- Elaboração Matriz RACI (ferramente de visualização de responsabilidades) e revisão aspectos de recursos humanos;
- Transformação comportamental e capacitação
O sistema de Gestão de Riscos da Vale segue o reconhecido modelo de 3 linhas de defesa:
Além das 3 linhas convencionais, o novo sistema de Gestão de Riscos da Vale foi concebido incorporando camadas adicionais e redundantes. O objetivo é aumentar o número de linhas e camadas de defesa para 8. A figura abaixo ilustra todas as camadas que compõe o sistema:
Padrão Global da Indústria sobre Gestão de Rejeitos ("GISTM")
A Vale está focada na evolução de seu Sistema de Gestão de Rejeitos e Barragens ("TDMS") para os negócios de Ferrosos, Carvão e Metais Básicos. Durante 2019 e 2020, a Vale trabalhou em estreita colaboração com o International Council on Metals and Mining ("ICMM") e participou ativamente do Padrão Global da Indústria de Gestão de Rejeitos ("GISTM", em inglês) - um esforço cujo objetivo é melhorar a segurança em todas as fases das estruturas de armazenamento de rejeitos em seu ciclo da vida.
Em 5 de agosto de 2020, a Vale e todos os membros do ICMM se comprometeram a implementar o GISTM. Todas as instalações de rejeitos operadas pela Vale com consequências potenciais “extremas” ou “muito altas” estarão em conformidade com o GISTM até 5 de agosto de 2023. Todas as outras instalações de rejeitos operadas pela Vale que não estejam em um estado de fechamento seguro estarão em conformidade com o GISTM até 5 de agosto de 2025.
O Conselho de Administração da Vale aprovou, em outubro de 2020, uma nova Política de Segurança de Barragens e Estrutura Geotécnica de Mineração, que tem o GISTM como uma de suas referências. Entre outras diretrizes, a política determina que todos os componentes do TDMS sejam projetados com elementos de melhoria contínua, utilizando e aplicando as melhores tecnologias e práticas disponíveis de acordo com instituições internacionais, incluindo o ICMM.
A empresa vem trabalhando na evolução de seu TDMS desde antes do lançamento do GISTM e a Vale estará em conformidade com o Global Industry Standard para gestão de rejeitos:
Conforme demostrado na linha do tempo para aderência ao GISTM, o processo de avaliação de gaps foi iniciado em meados de 2021 por meio de autoavaliação conduzida para todas as Estruturas de Armazenamento de Rejeitos (“Tailings Storage Facilities – TSF’s”, em inglês). De forma a dar mais robustez ao processo de autodiagnostico, foi contratado um serviço de avaliação de gaps externa para uma amostra de 10 Estruturas de Armazenamento de Rejeitos que foram selecionadas de forma a dar representatividade ao trabalho de auditoria externa. Esse trabalho serviu de referência para estabelecer com maior fidelidade o ponto de partida para a elaboração de planos de ação para cumprimento dos requisitos estabelecidos no GISTM. Para mais informações sobre o processo, seus resultados e a jornada para total aderência ao GISTM acesse:
Sumário Executivo autoavaliação GISTM 2021
Conheça outras iniciativas em andamento na Vale para apoiar a implementação do GISTM:
A Vale reitera seu compromisso com a segurança, a transparência e a adoção das conhecidas melhores práticas na gestão de suas instalações de rejeitos.
Metas e prazos
A Vale possui o compromisso contínuo de ampliar a eficiência dos processos e manter a gestão das barragens em permanente alinhamento e atualização com as práticas internacionais, cujos padrões ultrapassam as exigências legais nacionais.
Metas
Iniciativas para redução do uso de barragens
A. Vale planeja reduzir significativamente o uso de barragens e vai investir em alternativas que permitam que as operações de processamento úmido sejam substituídas por processos mais seguros e sustentáveis. Conheça as metas da empresa para essa iniciativa:
-
70% da produção de minério de ferro feita por processamento a seco até 2025;
- US$ 2.3 bilhões em investimentos entre 2020 e 2025 para aumentar o uso de filtragem e empilhamento a seco para 16% da produção total
- Aumento do desenvolvimento de novas tecnologias, como a separação magnética a seco de minério de ferro, da New Steel (empresa adquirida em 2018).
Soluções viáveis
Processamento a seco
Em comparação com o processamento úmido, a técnica reduz o consumo total de água em 93% (em média) e aumenta a produtividade devido à maior economia de recursos, menor consumo de energia, menos fases de produção, menos equipamentos e uma operação mais simples e segura.
- No Pará, cerca de 80% da produção já ocorre desta forma;
- A principal usina de Carajás (Pará) está em processo de conversão para umidade natural. Das 17 linhas de processamento da planta, 11 já são a seco. As seis linhas a úmido restantes serão convertidas até 2023;
- As plantas de tratamento em Curionópolis e em Canaã dos Carajás (ambas no Pará) também não utilizam água no tratamento do minério;
- Em Minas Gerais, o processamento a seco foi ampliado de 20% (2016) para 32% (2019). Hoje, esse tipo de processamento está presente em diversas unidades, como Brucutu, Alegria, Fábrica Nova, Fazendão, Abóboras, Mutuca e Pico.
Empilhamento a seco
A técnica reduzirá a dependência da Vale de barragens de rejeitos a médio e longo prazo. Consiste em filtrar e empilhar rejeitos parcial ou totalmente secos.
- Investimento de cerca de US$ 1,8 bilhão, entre 2020 e 2024, em alguns sítios, incluindo Cauê e Conceição (em Itabira) e Brucutu (em São Gonçalo do Rio Abaixo) – todas em Minas Gerais.
Concentração Magnética
Elimina o uso de água no processo de concentração, permitindo que o rejeito seja disposto em pilhas como “estéril”, semelhante ao processo de empilhamento a seco.
- Meta de investir na construção, Minas Gerais, de uma planta industrial para concentração magnética com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas por ano;
- A tecnologia brasileira é conhecida como Fines Dry Magnetic Separation – FDMS, exclusiva e desenvolvida pela New Steel;
- O início do projeto previsto para 2022.