Criada em 1904, a
Estrada de Ferro Vitória a Minas é uma moderna ferrovia brasileira. Passamos por
40 municípios e 225 comunidades nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. São 905 km de extensão entre Vitória e Belo Horizonte.
A Vale corresponde a uma importante contratante na região e entre
funcionários diretos e indiretos são gerados
4,6 mil empregos.
O
Trem de Passageiros da EFVM é o único trem do Brasil a realizar viagens diárias de longa distância. Transporta
1 milhão de passageiros anualmente.
Foram registradas
1.591 manifestações até 13/nov/2020, sendo os principais fatos geradores são: limpeza e capina, acesso, travessia, ruído e capacitação profissional.
Comunidade Aparecida – Cariacica ES
Caracterização da Comunidade
Aparecida é uma comunidade empobrecida com problemas desde a implantação do bairro, na precariedade de suas construções.
A ausência de rede de esgoto se destaca com encanamentos direcionados à drenagem pluvial da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Há queixas da situação da cerca da ferrovia, que sofre vandalismo, com trilhos faltantes e descarte de lixo na área da empresa. A comunidade reclama da Rua Beira Linha, muito estreita e sem investimento da Municipalidade.
É uma comunidade unida, que se orgulha de seus moradores e de sua história. Apesar da diversidade religiosa, há costume de eventos envolvendo todo o público cristão. Têm trabalhado de forma coletiva na construção de abrigos nos pontos de ônibus. Cerca de 30 pessoas foram envolvidas no processo de diagnóstico participativo.
Constituição de Grupo Representativo
Buscamos mobilizar a comunidade através de lideranças formais e informais.
Conquistamos um grupo diverso composto por homens e mulheres, idosos, adultos e jovens.
Elaboração e Validação do Plano de Relacionamento
Foram realizados 3 encontros em 2019 para elaboração, priorização e validação do plano em conjunto com a comunidade, utilizando-se de técnicas participativas como o Mapa Falado e o painel Metaplan.
As principais demandas locais priorizadas e compromissadas para execução em 2020 foram:
- 1. Reforma da sede do Movimento Comunitário
- 2. Capacitação Profissional
Além disso, a Vale realizou ações em 2019 que foram citadas nas reuniões, mas não priorizadas:
- Visita à Vale
- Arte no Muro
- Projeto Na Trilha dos Valores
- Projeto Quilombinho
- Oficina contra Bullying para educadores.
94 participações durante as 3 reuniões.
Implementação do Plano
Arte no Muro - Antes e depois
Dentre as ações realizada em 2019, destaca-se o Arte no Muro, projeto de valorização das vedações da ferrovia a fim de disseminar cultura e segurança na comunidade.
A construção coletiva em busca da história da comunidade que retratou o painel de trilhos valorizou o local.
Os projetos planejados para 2020 sofreram com a interrupção de atividades coletivas devido à Pandemia. Entretanto, manteve-se o contato por telefone com os participantes, reforçando o compromisso da empresa.
Em outubro de 2020, foi iniciado o projeto Instituições do Futuro, que trabalhará com a integração do grupo, regularização do Movimento Comunitário, bem como, a elaboração do projeto de reforma da sede. A reforma propriamente dita será realizada em 2021, através de repasse de verba.
O mapeamento do curso de capacitação profissional será iniciado em nov/2020, porém, a execução do mesmo, apenas no ano seguinte.
Acompanhamento e Monitoramento do Plano
Ao final do processo participativo, em 2019, realizou-se uma avaliação com os participantes, onde 78% dos respondentes gostaram das propostas apresentas pela empresa para as questões levantadas.
O
Índice Geral de Imagem da Vale apontado pela Pesquisa de Sustentabilidade Vox, alcançou o percentual de
45,6% de favorabilidade nesta comunidade.
Em função da pandemia do Covid-19, tem-se mantido contato constante com as lideranças por telefone e WhatsApp.
Comunidade Maria Ortiz – Colatina ES
Caracterização da Comunidade
Maria Ortiz é uma pequena vila de Pescadores, na zona rural de Colatina e a 24km do centro urbano (próximo a BR 259). A comunidade está às margens do Rio Doce e da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM). Cerca de 60 famílias residem no vilarejo.
A comunidade precisa lidar com o desafio de falta de infraestrutura urbana - difícil acesso à internet, telefonia, água, esgoto, serviços básicos, falta de asfaltamento e poucas opções de transporte público. No que se refere a equipamentos públicos, a localidade conta com uma unidade de saúde e uma escola de ensino fundamental I.O comércio no local está restrito a uma mercearia e um bar.
A dinâmica econômica da localidade se baseia na pesca e com os impactos do rompimento da barragem da Samarco em 2015 no Rio Doce, grande parte da população recebe indenizações da Fundação Renova.
Há também fortes reinvindicações junto a Vale sobre as questões de infraestrutura local. Por se tratar de uma área ocupada irregularmente, os moradores cobram da companhia a regularização da área e o asfaltamento da rua de acesso.
Diagnóstico Participativo
O mapeamento participativo com a comunidade considerou um grupo considerável de moradores, que refletiu sobre os principais desafios para a comunidade e como uma parceria entre a comunidade poderá apoiar no desenvolvimento local.
Foram realizados ao todo três encontros: o primeiro com objetivo de aprofundar o conhecimento da localidade, o segundo para priorizar as ações propostas e o terceiro para apresentar o plano de ação participativo.
Para envolver os participantes e promover a participação social, foi utilizado o mapa da comunidade como referência e a metodologia METAPLAN para visualização e moderação das interações e contribuições. Cerca de 50 moradores participaram o ciclo de reuniões.
Elaboração e Validação do Plano de Relacionamento
Dentro do ciclo de reuniões em Maria Ortiz, foi realizada a priorização e validação do plano de ação, a partir de técnicas e processos participativos.
A principal e histórica demanda da comunidade direcionada a Vale, refere-se a regularização da área da comunidade e o calçamento da estrada de acesso.
No processo participativo Vale + Comunidade foram priorizadas as seguintes ações:
- Construção de quadra poliesportiva
- Instalação de academia popular
As iniciativas priorizadas foram pensadas para viabilizar espaços de convivência, lazer e prática de atividades físicas inexistentes na comunidade.
Constituição de Grupo Representativo
O grupo representativo se constituiu por moradores da comunidade (homens, mulheres e jovens) que se voluntariaram a integrar a comissão participativa.
O principal papel dessa comissão é acompanhar as ações desenvolvidas no plano, apoiar nos processos deliberativos e dar visibilidade das ações aos demais moradores.
A participação social, base de todo o processo de elaboração do plano, também será um pilar importante da execução e gestão do mesmo e incluirá, também, as crianças e adolescentes.
Implementação do Plano
Em 2019, foram realizadas duas ações de relacionamento com foco em atividades de lazer para abertura do plano de relacionamento.
Em outubro de 2020, o processo para a quadra e academia popular passou a contar com o apoio técnico da empresa Cidade Quintal, para a definição do projeto Executivo da Quadra e Academia Popular.
A partir de novembro de 2020, será oferecida para a comunidade a prática de atividades físicas até a conclusão das obras da quadra e academia popular.
Acompanhamento e Monitoramento do Plano
Ao final do processo participativo, a Vale realizou uma avaliação do processo com participantes, onde 90% dos participantes demonstrou estar satisfeito com o processo realizado.
Em 2019, o Índice Geral de Imagem da Vale apontado pela Pesquisa de Sustentabilidade Vox, alcançou o percentual de 48.3% de favorabilidade.
Em função da pandemia do Covid-19, tem-se mantido contato constante com as lideranças por telefone e WhatsApp. A falta de infraestrutura de internet na localidade não permite a realização de interações virtuais.
Respeitando as orientações da OMS e decretos municipais e estaduais , a Vale retomou as ações do plano de relacionamento com comunidades na localidade a partir de outubro de 2020.
Comunidade Centro e São Sebastião – Resplendor MG
Caracterização da Comunidade
As duas comunidades são bem próximas e possibilitam o desenvolvimento de um Plano de Relacionamento com Comunidades, em conjunto. O limite entre um bairro e outro é quase imperceptível. Moradores do São Sebastião acessam o Centro para realizar atividades comerciais, ir ao médico, utilizar espaços de lazer, entre outros.
A proximidade da linha férrea eleva a percepção de impactos. Há vários registros de solicitações relacionadas a obstruções em passagens de nível, reclamações sobre ruídos, críticas sobre muros de vedação e capina. Os moradores dessas localidades são bastante participativos e cientes dos direitos e deveres da VALE.
A pesquisa de reputação feita pela Vox Populi no último ano revelou números melhores que os anos anteriores no bairro Centro, porém no bairro São Sebastião os números representam uma comunidade resistente diante das ações da VALE e insatisfeita com os impactos da operação ferroviária. A comunidade já foi responsável por paralisações de linha férrea e utiliza a via como alvo constante de ameaças.
Diagnóstico Participativo
O mapeamento participativo com a comunidade considerou diferentes grupos e foi feito através do mapa falado. A metodologia possibilitou a visualização de demandas comunitárias, oportunidades de atuação Vale e esclarecimentos quanto aos papéis e responsabilidades da empresa e do poder público.
Ao todo foram realizados 7 encontros. Os três primeiros foram importantes para definir e priorizar as demandas comunitárias dentro de um plano de trabalho. O processo permitiu o engajamento dos principais stakeholders, a participação social e a revitalização da praça da Orla Norte, com o advento do Vale Cuidar.
Essa primeira entrega foi fruto de uma demanda comunitária mapeada no primeiro encontro e concluída em dezembro de 2019.
Cerca de 60 pessoas foram envolvidas no processo de diagnóstico participativo.
Constituição de Grupo Representativo
O grupo representativo é constituído por homens e mulheres de diversas faixas etárias, representantes de instituições sociais, associações e moradores das duas comunidades. Essa representação foi constituída com o objetivo de identificar novos stakeholders. O mapeamento trouxe lideranças que agregaram ainda mais ao grupo já estabelecido.
As lideranças comunitárias dessas duas comunidades sempre tiveram um grande vínculo com o poder público. Era comum observar vereadores e secretários municipais, participando das dinâmicas e interferindo no processo de escuta da comunidade. Com o plano de relacionamento conseguimos ampliar a rede e inserir novos atores nas discussões comunitárias, desvinculando de maneira significativa a participação de agente públicos.
Elaboração e Validação do Plano de Relacionamento
Foram realizados três encontros, o primeiro para mapeamento das demandas e mais 2 encontros para priorização das demandas e validação do plano em conjunto com a comunidade. A principal demanda da comunidade foi o apoio a projetos ligados ao esporte para crianças e adolescentes.
Dentro do processo de mapeamento participativo realizado, as principais demandas locais priorizadas foram:
- Apoio a projetos ligados ao esporte para crianças e adolescentes;
- Revitalização de espaço público para lazer comunitário;
- Execução de obras no muro de vedação da Estrada de Ferro Vitória Minas;
- Realização do Arte no Muro após a construção/reforma dos muros.
Implementação do Plano
O plano instituído contou com o acompanhamento das instituições que desenvolvem projetos para crianças e adolescentes no Conselhos Municipal da Criança e do Adolescente, com as discussões sobre a construção do muro de vedação acústica nos bairros Centro e São Sebastião e com a execução do Vale Cuidar e, em consequência, a revitalização da Praça da Orla Norte.
O início do acompanhamento de projetos desenvolvidos através do Fundo da Infância e Adolescência pelo Conselhos Municipal da Criança e do Adolescente está previsto para novembro de 2020.