Business Case
Aproveitamento de madeiras de embalagens (Mina de Carajás)
Na mina de Carajás, localizada na cidade de Parauapebas (PA), região
amazônica, em parceria com uma empresa local, a Vale desenvolveu um
projeto de Aproveitamento de resíduo de madeiras de embalagens em
caldeiras de geração de energia, para reduzir a disposição final para
aterros. Em 2019, 1.270 toneladas de resíduos de madeira foram
destinados para reaproveitamento e, em 2020, foram 505 toneladas, com
uma redução devido às restrições de logística e da pandemia do Covid-19.
Regeneração de óleos usados (Mina de Carajás)
A Vale implantou em sua Central de gerenciamento de materiais
descartados (CMD) de Carajás uma unidade de regeneração de óleos de
refrigeração usados. O processo consiste em uma análise prévia dos óleos
na fonte geradora e posterior coleta, filtragem, regeneração e devolução
dos óleos para utilização pelas oficinas de manutenção. Já foram regenerados cerca de 970.000 litros em 2019 e 940.000 litros
em 2020, demonstrando o grande sucesso do projeto, uma vez que
representou uma redução significativa da compra de óleos novos pelas
áreas de manutenção da unidade operacional.
Destinação de bifenilas policloradas (PCBs)
A Vale desenvolveu ações para agilizar a destinação ambientalmente
adequada de resíduos com bifenilas policloradas, conhecidos como PCBs,
em todas as suas unidades operacionais. Os PCBs são considerados
contaminantes ambientais, com impacto à saúde e aos ecossistemas.
Com base nos compromissos internacionais e os valores de segurança e
meio ambiente da empresa, foi estabelecido um processo de identificação
das potenciais fontes de óleos contaminados com PCBs nas unidades
operacionais da Vale. Foram consolidadas as demandas e estabelecido um processo de
destinação final gradual, compatibilizando os ciclos de manutenção dos
equipamentos elétricos e a busca da antecipação das metas de
destinação de PCBs.
Essas ações também objetivam antecipar o fim do uso de PCBs, meta da
Convenção de Estocolmo, prevista para até 2025, além de garantir sua
disposição final ambientalmente adequada até 2028. Até 2020, foram destinadas mais de 200 toneladas de resíduos
contaminados com PCBs e foram regenerados mais de 12.000 litros de
óleos de transformadores, que passaram a ser classificados como óleos
sem contaminação.
Reciclagem de pneus Fora de estrada
A Vale destina para empresas de reciclagem as sucatas de pneus fora de
estrada geradas em suas operações no Pará e em Minas Gerais, no Brasil.
A reciclagem desses pneus tem um grande desafio devido ao seu tamanho -
podem ter mais de 4 metros de diâmetro – e também pela resistência da
malha de aço interna, o que dificulta muito seu manuseio e corte para
reciclagem. Cerca de 9 mil toneladas de pneus são recicladas por ano.
Aproveitamento de madeiras de embalagens (Desenvolvimento cooperativa em
São Luis/MA)
No Terminal portuário de Ponta da Madeira a Vale desenvolveu um
projeto de apoio à implantação e desenvolvimento da Cooperativa de
Trabalho, Coleta e Recuperação de Resíduos da Vila Maranhão
(CoopVila). O projeto social é desenvolvido com moradores da Vila
Maranhão, vizinhos a suas operações da Vale, em São Luís (MA). Em
2019, 1.504 toneladas de resíduos de madeira foram destinados e, em
2020, foram 1.140 toneladas.
O projeto é um grande exemplo da atuação conjugada do
desenvolvimento de uma cooperativa local e o aproveitamento de
resíduo de madeiras de embalagens para confecção de peças e móveis
de madeira, reduzindo a disposição final para aterros e gerando
renda para a comunidade local.
Fomento à economia circular
A Vale inaugurou, em novembro de 2020, a Fábrica de Blocos do Pico,
primeira planta piloto de produtos para a construção civil cuja
matéria-prima principal é o rejeito da atividade de mineração. Instalada
na Mina do Pico, no município de Itabirito (MG), a fábrica promoverá a
economia circular na operação de beneficiamento do minério de ferro.
Após o período de testes, a expectativa é que, a cada ano, cerca de 30
mil toneladas de rejeito deixem de ser dispostas em barragens ou pilhas
para serem transformadas em 3,8 milhões de produtos pré-moldados de
larga aplicação na indústria da construção civil, como pisos
intertravados, blocos de concreto estruturais, blocos de vedação, dentre
outros.
A Vale conduz estudos de aplicação do rejeito desde 2014. A empresa
investirá cerca de R$ 25 milhões em pesquisa e desenvolvimento
tecnológico (P&D) nos primeiros dois anos da Fábrica de Blocos do
Pico, que contará com a cooperação técnica do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Dez pesquisadores da instituição
atuarão na pesquisa nesse período, entre professores, técnicos de
laboratório e alunos de pós-graduação, graduação e curso técnico.
A Vale estuda replicar a fábrica de blocos em outras unidades de Minas
Gerais, após o período de P&D na Mina do Pico. A empresa também
mantém parceria com mais de 30 organizações, entre universidades,
centros de pesquisas e empresas nacionais e estrangeiras, para o
desenvolvimento de soluções para o reaproveitamento do resíduo da
mineração em diferentes setores da indústria.