Vale reafirma seu compromisso com os Princípios do Pacto Global da ONU
A Vale está comprometida com o Pacto Global da ONU. A Vale foi membro do Pacto Global da
ONU desde 2007 e parte do grupo LEAD entre 2011 e 2018. Devido à tragédia do rompimento da barragem de
Brumadinho, em respeito à instituição e seus associados, a Vale solicitou a sua retirada em maio de
2019.
Desde então, a Vale se comprometeu com a reparação integral dos impactos causados e focou
na intensificação da sua governança, compromissos de sustentabilidade, excelência operacional (riscos
operacionais e gestão de ativos), saúde & segurança entre outros.
A empresa tem trabalhado diligentemente para implementar os 10 Princípios do Pacto Global
da ONU e engajado com o secretariado do Pacto Global anualmente.
O Pacto Global da ONU e seus princípios são extremamente relevantes para a Vale. Fazer
parte da rede do Pacto Global da ONU oferece apoio do secretariado e pares, ajudando as empresas a
melhor enfrentar os desafios de Sustentabilidade e Direitos Humanos, enquanto os Princípios fornecem
mecanismos fundamentais de orientação e conformidade.
A Vale sempre valorizou sua participação e adesão ao Pacto Global da ONU.
Fazer parte dessa rede global é de extrema importância para as empresas que têm Sustentabilidade e
Direitos Humanos no centro de sua atuação.”
José Luciano Duarte Penido, presidente do Conselho de Administração
Após a tragédia de Brumadinho, a Vale se comprometeu com a reparação
integral dos impactos causados. Também está comprometida com os princípios de precaução e
não-repetição, reavaliando todos os aspectos de seus negócios. Como parte dessa revisão, a Vale
reforçou a implementação dos Princípios do Pacto Global da ONU. Eles são um passo estratégico do
fortalecimento do nosso desempenho em Sustentabilidade.”
Eduardo Bartolomeo, Diretor Presidente
Alinhamento ODS e Vale
Veja abaixo a evolução da Vale com relação aos 10 princípios do Pacto Global da ONU:
#1 As empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos proclamados internacionalmente.
A gestão global de
Direitos Humanos da Vale está alinhada aos Princípios
Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos da ONU. O tema faz parte de normativos da Vale, do Mapa
Global Integrado de Riscos da empresa e do sistema de gestão (Vale Production System).
Seguimos os macroprocessos: Compromisso normativo e integração; avaliação de risco e impacto; mecanismo
de escuta, resposta e denuncia; remediação; monitoramento e reporte de resultados e ações.
Compromisso Normativo - A
Política Global de Direitos Humanos da
Vale, lançada em 2009 e revisada pela segunda vez com
consulta pública em 2019, reforça as diretrizes referentes à gestão de Direitos
Humanos e torna a empresa mais aderente aos Princípios Orientadores. Conforme a Política, a Vale também
adere, dentre outros, à Carta Internacional dos Direitos Humanos, às convenções da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) e aos padrões internacionais estabelecidos como: aos Princípios do Pacto
Global das Nações Unidas, aos Padrões de Desempenho da Corporação Financeira Internacional (IFC) e as
Diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para Empresas
Multinacionais.
Capacitação - Os empregados da Vale possuem um duplo papel, no que tange ao respeito aos
direitos humanos: eles são ambos sujeitos e agentes de Direitos. Em 2021, a capacitação em Direitos
Humanos passou a ser obrigatória para todos os empregados (até agosto 2021, mais de 67 mil empregados
próprios, 92% do total, se encontravam capacitados no tema de Direitos Humanos).
Integração – A gestão de Direitos Humanos está presente em todas as fases do ciclo de vida dos
empreendimentos da Vale, desde a exploração mineral até o fechamento de mina e em todas as linhas de
negócio. A Vale vem inserindo a lente de Direitos Humanos nos normativos e frentes relacionadas ao tema
como gestão de risco, gestão de fornecedores, segurança empresarial (i.e. Voluntary Principles on
Secutiry and Human Rights do qual a Vale é membro), facilities/alojamentos e recursos humanos, dentre
outros e nos processos decisórios da empresa.
#2 As empresas devem certificar-se de que não são cúmplices de violações dos direitos humanos.
Avaliação de risco e impacto - Há processos contínuos de gestão de riscos e impactos
estabelecidos nas operações e projetos, focados em identificar, prevenir, mitigar e tratar riscos e
impactos negativos nos direitos humanos com foco nas pessoas - empregados diretos e / ou contratados e
membros das comunidades - incluindo povos indígenas e comunidades tradicionais.
A gestão de riscos da Vale é baseada no conceito de linhas de defesa. Os empreendimentos, como primeira
linha de defesa, detém a responsabilidade primária e administram diretamente os riscos (incluindo os
riscos de Direitos Humanos no que tange à sua identificação, avaliação, tratamento, prevenção e
monitoramento. Com a
revisão da governança e da gestão de risco da Vale, a
área de Direitos Humanos da Gerência Executiva de Gestão Social, segunda linha de defesa especialista no
tema (assim como Saúde & Segurança, Gestão Ambiental), passa a apoiar as operações (primeira linha
de defesa) na identificação dos riscos em Direitos Humanos, elaboração e implementação de controles
preventivos e mitigatórios e no monitoramento contínuo. A terceira linha de defesa é composta pela
Auditoria Interna e pela Ouvidoria que atuam com total independência da administração.
100% das operações da Vale possuem riscos de Direitos Humanos cadastrados no sistema de gestão de riscos
da empresa. Desenvolvem e implementam planos de ação para tratar as situações de risco consideradas
críticas. Por meio do método Bowtie, a probabilidade de ocorrência e a severidade do impacto do risco de
violação de Direitos Humanos são avaliados e controles preventivos e mitigatórios são estabelecidos.
Além disso, todos os riscos da Vale têm seus impactos avaliados na dimensão “Direitos Humanos e Social”.
A Vale se comprometeu também em realizar due diligence externa de Direitos Humanos em todas as suas
operações e projetos críticos em ciclos de 3 anos. Em 2021, serão concluídos um total de 14 due
diligence, somando-se a 2 realizadas em anos anteriores. Em 2023, todas as operações da Vale terão
passado pela due diligence de Direitos Humanos.
Em relação aos fornecedores da Vale, em 2019 intensificou-se a gestão de risco em direitos humanos
incluindo verificações documentais e presenciais, avaliação de risco, preenchimento de questionário de
autodiagnóstico, e realização piloto de due diligence em Direitos Humanos em fornecedores críticos. Os
próximos passos são o ganho de escala e internacionalização do processo.
Os temas de Direitos Humanos estão inseridos no escopo do Conselho de Administração, por meio do Comitê
de Sustentabilidade assim como no escopo da Vice-presidência Executiva e no Comitê Executivo de Riscos
de Sustentabilidade. São apresentados periodicamente resultados e indicadores de controle e
conformidade, temas críticos e resultados da avaliação de riscos e de due diligence.
Mecanismo de Escuta e Resposta - É um processo
formal da empresa para gestão global das manifestações, que pode ser utilizado por qualquer parte
interessada para se comunicar/interagir com a empresa, e que exijam por parte da empresa algum tipo
resposta e/ou ação. A Vale disponibiliza profissionais para o relacionamento com comunidades, a fim de
estreitar o diálogo e promover o engajamento além de outros canais como o fale conosco, telefone 0800,
endereço postal, e-mail e mídias sociais.
Adicionalmente, a Vale possui um Canal de Denúncias como parte de seu Programa de Ética &
Compliance. O Canal pode ser acessado por qualquer pessoa, dentro ou fora da Vale, que queira reportar
um caso de suspeita ou de má conduta ética.
O tratamento das manifestações, assim como questões críticas internas que possam impactar ou violar
Direitos Humanos, são endereçados em diferentes níveis de atendimento de acordo com a complexidade.
Quando o assunto não pode ser resolvido localmente, este é submetido a instâncias superiores, incluindo
os comitês de gestão regionais, de negócios, nacionais e até mesmo na Diretoria Executiva ou no Conselho
de Administração e seus comitês.
Em 2020 e 2021, a Vale capacitou diversos times dos canais de escuta e das operações no Brasil,
Moçambique, Malawi e Indonésia para aderência a padrões internacionais de operacionalização do
Mecanismo, avançou na implantação da pesquisa de satisfação dos stakeholders para os canais de escuta do
Brasil. Em 2020, foi desenvolvido também o RC online - uma ferramenta de suporte que pode ser acessada,
via computador ou celular, pela comunidade, para registro de manifestações, facilitando a acessibilidade
dos membros da comunidade em um cenário de pandemia.
Números registrados em nossos canais em 2020:
- 15.559 manifestações de comunidades registrados, globalmente;
- 99,01% foram respondidas e 72,6% atendidas/tratadas;
- 10 dias – prazo limite para dar resposta à parte interessada, considerando até 10 dias corridos a
partir da data da manifestação;
- 90 dias (aproximadamente) – tempo médio para tratamento e finalização da manifestação;
- 4.670 registros no Canal de Denúncia;
- 4.562 encerradas;
- 2.261 ações corretivas, incluindo o desligamento de 181 empregados. De acordo com sua Política de
Direitos Humanos a Vale não tolera ou contribuiu com ameaças, intimidações e ataques contra
defensores de direitos humanos.
Por último, a empresa tem um procedimento de recebimento e tratamento de alegações, envolvendo processo
de investigação, quando necessário, podendo envolver especialistas externos. A empresa também tem o
compromisso de responder a 100% das alegações recebidas do Business Human Rights Resource Centre
(BHRRC).
Reporte e monitoramento – O desempenho na gestão de Direitos Humanos da Vale é reportado
anualmente no Relato Integrado e trimestralmente no Portal ESG. A Vale também responde a diversos
questionários de instituições voltadas à sustentabilidade e conteúdo ESG.
Em relação às comunidades, reuniões periódicas são realizadas e a pauta é definida em conjunto,
retratando as prioridades das mesmas.
Remediação - A Vale se compromete com a remediação dos impactos adversos em Direitos Humanos que
tenha causado, para os quais tenha contribuído, ou aos quais esteja vinculada. Nesse sentido, a empresa
atua na remediação direta dos impactos causados com o rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em
Brumadinho, e com o suporte à Fundação Renova para a
reparação dos efeitos do rompimento da Barragem de Fundão, da empresa Samarco, em
Mariana.
#3 As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à
negociação coletiva.
Na sua
Política Global de Direitos Humanos a
Vale se compromete em respeitar e praticar a liberdade de associação e a negociação coletiva em relação
aos seus empregados próprios e terceiros.
Desde 2005, os empregados elegem, por votação direta, um membro efetivo do Conselho de Administração e
seu respectivo suplente. As eleições são conduzidas, em conjunto, pela empresa e pelos sindicatos.
97% da força de trabalho de operações diretas da Vale são cobertas por acordos coletivos.
Os fornecedores se comprometem com padrões de comportamento esperados de acordo com as políticas da
Vale, e se comprometem, por meio de cláusulas contratuais a respeitar a liberdade de associação e
negociação coletiva. A empresa não mantém relações comerciais com fornecedores que atuem em
desconformidade ao seu
Código de Ética e
Conduta do Fornecedor.
#4 As empresas devem apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório.
Na sua Política
Global de Direitos
Humanos e
Código de Conduta a Vale
proíbe quaisquer tipos de prática de emprego que possam ser interpretados como equivalente ao trabalho
forçado ou análogo ao escravo em suas atividades e em seus Fornecedores.
Em relação aos temas críticos para a Vale, como trabalho forçado e tráfico de pessoas, a Vale estabelece
gestão de riscos em todas as fases do ciclo de vida de seus empreendimentos, fazendo parte da avaliação
de risco de todas as operações com controles para prevenção, incluindo um olhar preventivo para
condições de trabalho. A Vale informa que não houve registro ou denúncia envolvendo a empresa de
ocorrência de trabalho análogo ao escravo em nenhuma de suas operações.
Os fornecedores se comprometem com padrões de comportamento esperados de acordo com as Políticas da
Vale, e se responsabilizam, por meio de cláusulas contratuais, em prover condições de trabalho dignas,
combater o trabalho forçado ou análogo à escravidão. A empresa não mantém relações comerciais com
fornecedores que atuem em desconformidade ao seu
Código de Ética e Conduta do
Fornecedor.
A Vale realiza análises de risco em 100% dos novos fornecedores cadastrados globalmente por meio de um
background check e envio de documentos, como formulário de autodeclaração com informações de
qualificação de Saúde Segurança e Meio Ambiente (SSMA), Direitos Humanos e Integridade e monitora
periodicamente o fornecedor ao longo de seu contrato ativo com a empresa. No Brasil, é realizada a
consulta à Lista Suja do trabalho escravo cruzando as informações com 100% da base de fornecedores.
#5 As empresas devem apoiar a abolição efetiva do trabalho infantil.
Na sua
Política Global de
Direitos Humanos e
Código de Conduta a Vale proíbe o uso de trabalho infantil em suas atividades e
em seus fornecedores.
Em relação aos temas críticos para a Vale, como trabalho infantil e a exploração sexual infantil a Vale
estabelece gestão de riscos em todas as fases do ciclo de vida de seus empreendimentos, fazendo parte da
avaliação de risco de todas as operações com controles para prevenção. Há um foco especial no respeito e
na promoção dos Direitos Humanos de crianças e adolescentes. A empresa prioriza e estabelece um processo
contínuo de engajamento com as comunidades nas áreas de influência dos empreendimentos. Como exemplos a
Vale possui parcerias com a Childhood Brasil com ações preventivas e mitigatórias, também atua por meio
da Fundação Vale em programas sociais estruturantes, contribui com o fortalecimento da rede pública de
proteção social e atua diretamente com as crianças e suas famílias.
A Vale informa que não houve registro ou denúncia envolvendo a empresa de ocorrência de trabalho
infantil em nenhuma de suas operações.
Os fornecedores se comprometem com padrões de comportamento esperados de acordo com as Políticas da
Vale, e se responsabilizam, por meio de cláusulas contratuais, em combater o trabalho infantil e a
exploração sexual infantil. A empresa não mantém relações comerciais com fornecedores que atuem em
desconformidade ao seu
Código de Ética e Conduta do
Fornecedor.
#6 As empresas devem apoiar a eliminação da discriminação com relação ao emprego e à ocupação.
A Vale emprega mais de 180 mil pessoas, entre profissionais próprios e terceirizados. Buscamos
desenvolver competências e incentivar talentos, realizando ações educacionais e oferecendo a remuneração
compatível com a complexidade das funções, com o desempenho de nossos empregados e com o mercado de
trabalho.
Na sua
Política Global de
Direitos Humanos,
Política de Diversidade e Inclusão e
Código de Conduta a Vale se compromete em respeitar e valorizar a diversidade,
promover a inclusão e não tolerar a discriminação ou assédio de qualquer natureza, inclusive moral ou
sexual.
O Código de Conduta da
Vale valoriza a diversidade e inclui todas as pessoas
sem distinção, dando oportunidades de forma meritocrática. Asseguramos que cada um desenvolva seu
potencial independentemente de diferenças culturais ou ideológicas, de opiniões, deficiências, gênero,
cor, etnia, origem, convicções políticas, crenças religiosas, geração, estado civil, condição de
sindicalização, classe social, orientação sexual ou grau de escolaridade.
Em 2019, a Vale anunciou sua meta de dobrar sua força de trabalho feminina até 2030, de 13% para 26%, e
aumentar a presença feminina em cargos de liderança de 12% para 20%. Até agosto/2021, a Vale alcançou
18% de mulheres na força de trabalho em geral, assim como 18% de mulheres na alta liderança. A
estratégia adotada pela empresa segue as seguintes diretrizes:
- A demissão de mulheres deve ser suprida pela contratação de mulheres;
- Demissão de homens: cada empresa deve definir a porcentagem de substituição por mulheres;
- A Vale também definiu uma porcentagem de substituição da rotatividade de homens por mulheres.
A Vale também tem um programa importante de inclusão de profissionais com deficiência que em 2020
correspondiam a 4,5% do total de empregados da companhia.
A criação das redes de afinidade LGBTQ+, Mulheres, Pessoas com Deficiência, Étnico e a inauguração de um
novo espaço que integre a alta liderança na nossa sede no Rio de Janeiro já são resultados da nova
jornada.
Os fornecedores se comprometem com padrões de comportamento esperados de acordo com as Políticas da
Vale, e se responsabilizam, por meio de cláusulas contratuais, em não tolerar a discriminação. A empresa
não mantém relações comerciais com fornecedores que atuem em desconformidade ao seu
Código de Ética e
Conduta do Fornecedor.
A empresa em 2020 reformulou seu canal de denúncias. Qualquer pessoa, dentro ou fora da Vale, pode
reportar um caso de suspeita ou de má conduta ética e deve utilizar o
Canal de Denúncias da Vale. O canal é uma
ferramenta exclusiva para esse fim, operado por uma empresa independente e estruturado para garantir:
# 7 As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientai
Após o rompimento da barragem I da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), a Vale acelerou o
plano de descaracterização de barragens a
montante para encerrar em definitivo o uso desse tipo de estrutura. Um dos principais marcos para
reduzir o nível de risco da companhia é a descaracterização de todas as nossas 30 estruturas geotécnicas
a montante no Brasil, incluindo barragens, diques e empilhamentos drenados.
A Vale está focada na evolução de seu Sistema de Gestão de Barragens de Rejeitos (SGBR) e vem
monitorando de perto suas barragens ativas e inativas (mais informações em
Desempenho de Barragens). O Conselho de
Administração da Vale aprovou, em outubro de 2020, uma nova
Política de Segurança de Barragens e
Estrutura Geotécnica de Mineração. Entre outras diretrizes, a política determina que todos os
componentes do SGBR da Vale sejam projetados com elementos de melhoria contínua, usando e aplicando as
melhores tecnologias disponíveis e as melhores práticas internacionais, incluindo as do Conselho
Internacional de Mineração e Metais (ICMM) e o Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos
("GISTM - Global Industry Standard on Tailings Management"). Outra importante medida de
precaução é a redução da dependência de barragens de rejeitos em nossos processos produtivos. Temos
investido no desenvolvimento de alternativas para barragens de rejeitos, como os investimentos contínuos
no empilhamento do rejeito à seco.
A Vale aprimorou sua governança de Gestão de Riscos, baseada em três linhas de defesa que definem a
relação entre diferentes áreas e hierarquias da empresa e seus respectivos escopos e responsabilidades.
Uma nova
Política de Gestão de Risco foi definida e aprovada pelo Conselho de
Administração estabelecendo, entre outras medidas, cinco Comitês Executivos de Risco. Sabia mais em
Gestão de Riscos.
Atualmente todos os sites da companhia estão cobertos pelo primeiro ciclo do HIRA (Hazard Identification
and Risk Assessment) com reavaliações previstas a cada 3 anos para os sites críticos e a cada 5 anos
para os sites não críticos. O HIRA mapeia e analisa os riscos de segurança operacional de gravidade alta
ou amplitude de risco muito alta. Identifica e define critérios de desempenho e estabelece a garantia
dos controles críticos associados.
A Vale também avaliou a metodologia por trás de nossas principais fontes de informações sobre ESG e
identificou lacunas quanto às melhores práticas. Eliminar estas principais lacunas é um dos compromissos
da Vale para 2030, fazendo parte da remuneração de longo prazo dos executivos da empresa. Entre as
lacunas ESG mapeadas vale destacar o objetivo de obter a certificação ISO 14001 para todas as operações
nos próximos anos. Nosso
plano de ação de lacunas ESG apresenta a indicação de
evidência para aquelas já concluídas ou a previsão de conclusão para as que ainda estão em andamento.
# 8 As empresas devem empreender iniciativas para promover uma maior responsabilidade ambiental
A gestão de temas ambientais na Vale é conduzida de acordo com o Sistema de Gestão Integrado VPS (Vale
Production System), que tem seus processos implantados em todas as operações da empresa, no mundo todo,
com atenção à legislação, às diretrizes do International Finance Corporation (IFC) e à Lei
Sarbanes-Oxley. Os programas e planos socioambientais que subsidiam o processo de análise e concessão
das licenças ambientais apresentam metas e indicadores conectados à gestão de riscos e às medidas de
prevenção e de mitigação de impactos.
Considerando nossa cadeia de valor, a Vale seleciona fornecedores de acordo com a legislação e os
normativos internos –
Código de Ética e
Conduta do Fornecedor,
Política de
Sustentabilidade, Guia de Saúde, Segurança e Meio Ambiente para Fornecedores da Vale,
Guia Anticorrupção para
Fornecedores e Terceiros,
Política Global de
Direitos Humanos e Guia de Mobilização de Prestadores de Serviço.
Dentre nossos
compromissos para a agenda 2030, podemos
destacar a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (escopos 1 e 2) em 33% (em linha com o
Acordo de Paris), recuperar e proteger 500.000 ha de áreas, reduzir a captação de água nova em 10% e ter
100% de consumo de energia elétrica de fontes de energia limpa globalmente. Definimos também o
compromisso de reduzir em 15% as emissões líquidas de gases de efeito estufa, escopo 3, até 2035.
Em 2020 também foram publicadas as políticas de
Recursos
Hídricos e de
Gestão
de resíduos minero-metalúrgicos que estabelecem, respectivamente, os princípios e compromissos
da Vale para a água e recursos hídricos e resíduos minero-metalúrgicos, visando a gestão sustentável e
responsável ao longo de toda a cadeia produtiva.
Protegemos e ajudamos a proteger, uma área aproximadamente 11 vezes maior do que a área ocupada por
nossas operações, isto é, cerca de 9,0 mil km² de áreas naturais, contribuindo assim para a proteção de
espécies da fauna e da flora nativas, principalmente endêmicas e ameaçadas de extinção, tendo em vista
uma gestão integrada dos territórios onde atuamos. Nos comprometemos também em não operar em Sítios do
Patrimônio Natural Mundial da UNESCO. Esse compromisso é uma diretriz do nosso normativo interno de
Diretrizes e Processos para Gestão da Biodiversidade.
# 9 As empresas devem incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente corretas
O uso de tecnologia, na Vale, procura redesenhar a nossa forma de trabalho, em um esforço para eliminar
cenários de risco para, assim, posicionarmo-nos como líderes em segurança e gerenciamento de risco, e
promover a sustentabilidade e a adaptação às mudanças climáticas. No início de 2021, 19% dos ativos
críticos da Vale já utilizavam Inteligência Artificial para garantir a confiabilidade. Espera-se que, em
cinco anos, essa tecnologia seja empregada em 100% dos ativos críticos.
A Vale tem trabalhado em colaboração com o ecossistema de inovação aberta buscando parcerias com
diversas universidades, startups, governo e outras corporações para acelerar o cumprimento das
iniciativas de inovação. Saiba mais em
Inovação Integrada.
Na última década, por meio do Fundo Vale, a empresa apoiou mais de 70 iniciativas de instituições de
pesquisa, governos, ONGs e startups para a proteção de mais de 23 milhões de hectares de floresta. Um
junho de 2021 foi lançada a PrevisIA, ferramenta de Inteligência Artificial que antecipa informações de
regiões com maior risco de desmatamento e incêndios na Amazônia, e que contou com apoio do Fundo Vale em
conjunto com a Microsoft e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O Fundo Vale
completou a trajetória de dez anos de atuação no Bioma Amazônico em 2020, território que contou com a
maior contribuição do Fundo. Conheça as ações do Fundo Vale em
www.fundovale.org.
Com o ITV, Instituto Tecnológico Vale, que realiza pesquisas com ênfase no desenvolvimento sustentável e
mineração, a empresa investiu em pesquisas em áreas como biodiversidade, estudo dos genomas de espécies
e mudanças climáticas. Todas estas iniciativas somadas representaram R$ 792 milhões em investimentos.
Conheça as ações do ITV em
https://www.itv.org.
Em parceria com o IBRAM, a Vale trabalha para fomentar a inovação e a difusão das melhores práticas e
tecnologias disponíveis, de modo a ampliar a competitividade da mineração de forma sustentável e
produzir mais em um ambiente mais seguro para aqueles que trabalham no setor, inclusive substituindo o
ser humano por máquinas em operações de risco.
A Vale planeja reduzir significativamente o uso de barragens e está investindo em alternativas que
permitam que as operações de processamento úmido sejam substituídas por processos mais seguros e
sustentáveis. Dentre as iniciativas nesta frente podemos destacar: 70% da produção de minério de ferro
feita por processamento a seco até 2024; US$ 2.3 bilhões em investimentos entre 2020 e 2025 para
aumentar o uso de filtragem e empilhamento a seco para 16% da produção total; aumento do desenvolvimento
de novas tecnologias, como a separação magnética a seco de minério de ferro, da New Steel (empresa
adquirida em 2018). Mais informações em
Controle e
Gestão de Barragens.
Em setembro de 2021, a Vale apresentou ao mercado um novo produto, desenvolvido pela empresa ao longo de
quase 20 anos, que poderá reduzir em até 10% a emissão de gases do efeito estufa (GEE) na produção de
aço de seus clientes siderúrgicos. O “briquete verde” é formado por minério de ferro e uma solução
tecnológica de aglomerantes, que inclui em sua composição areia proveniente do tratamento de rejeitos de
mineração, e é capaz de resistir à temperatura elevada do alto-forno sem se desintegrar. A redução de
GEE ocorre porque o produto permite ao siderurgista reduzir a dependência da sinterização, processo
anterior à produção do aço no qual há a aglomeração do fino de minério de ferro (sinter feed).
# 10 As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno
A Vale tem tolerância zero com corrupção e fraude. Esse é um dos princípios éticos estabelecidos em
nosso
Código de Conduta, documento
que orienta a atuação de todos aqueles que trabalham na Vale ou agem em seu nome. Além do Código de
Conduta, o Programa de Ética & Compliance da Vale apresenta regras anticorrupção definidas em três
principais documentos: a
Política Global
Anticorrupção, o Manual Global Anticorrupção e o
Guia de combate à corrupção para
fornecedores e outros terceiros.
As regras anticorrupção da Vale reiteram o compromisso da empresa em fazer negócios com integridade,
influenciando também a sua cadeia de fornecedores e terceiros. A Vale atua em conformidade com as leis e
regulamentações a que está sujeita, incluindo-se mas não se limitando à
Lei
12.846/13 – Lei Anticorrupção brasileira, ao
FCPA,
U.S. Foreign Corrupt Practices Act e ao
UK
Bribery Act.
Todos os empregados são frequentemente orientados e treinados sobre as regras anticorrupção de acordo
com as atividades que desempenham. A conformidade dos processos da empresa com as legislações e regras
internas é monitorada e testada pelo Programa de Ética & Compliance. Suspeitas de fraude ou
corrupção devem ser reportadas no Canal de Denúncias da Vale. O Canal garante todas as condições para
que um relato seja apurado com independência e de forma justa. Para mais informações, acesse a página de
Ética & Compliance.
No primeiro semestre de 2021,
nosso Canal de Denúncias recebeu 2.975 relatos e encerrou 2.508 processos, dos quais (i) 376
referem-se a denúncias que não foram apuradas por falta de informação ou pertinência ao escopo do
Canal de Denúncias, (ii) 727 foram reclamações e não denúncias, não dando origem a investigações; e
(iii) 1.404 deram origem a investigações, que confirmaram violações ao Código de Conduta da Vale em
39% dos casos. Todas as violações confirmadas geram planos de correção, que são apresentados pelos
gestores e aprovados pelo Canal de Denúncias. As investigações resultaram em 527 ações relacionadas
a correções e melhorias de processos. Em casos mais severos, foram aplicadas medidas disciplinares,
como a demissão de 73 empregados. Para mais informações acesso no
Relatório do Programa de Ética e Compliance – 1° semestre 2021.